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Petrobras perde na renda fixa com expectativas de captação

A taxa dos títulos da emissão de US$ 5,25 bilhões com vencimento em 2021 subiu 0,57 ponto percentual, para 3,88 por cento, desde que atingiu a mínima histórica em outubro


	Petrobras: a estatal, que já tem US$ 92 bilhões em dívida, terá que captar em média US$ 16 bilhões por ano até 2016 dentro de seu programa de investir US$ 237 bilhões em cinco anos
 (Divulgação/Petrobras)

Petrobras: a estatal, que já tem US$ 92 bilhões em dívida, terá que captar em média US$ 16 bilhões por ano até 2016 dentro de seu programa de investir US$ 237 bilhões em cinco anos (Divulgação/Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A Petróleo Brasileiro SA, que tem a maior dívida do mundo entre empresas abertas do setor, está perdendo vantagem no mercado de renda fixa com a expectativa de investidores de que a estatal faça em breve sua primeira emissão de dívida no mercado internacional este ano.

A taxa dos títulos da emissão de US$ 5,25 bilhões com vencimento em 2021 subiu 0,57 ponto percentual, para 3,88 por cento, desde que atingiu a mínima histórica em outubro.

Com isso, o desconto em relação ao custo médio de captação para empresas de petróleo e gás de mercados emergentes caiu para 0,16 ponto percentual em 14 de janeiro, o menor em 19 meses.

O rendimento dos papéis está agora em linha com o dos títulos de vencimento similar da russa OAO Gazprom, que pagavam 1,08 ponto percentual a mais há um ano.

Regras que obrigaram a estatal a vender gasolina abaixo do custo levaram a um prejuízo recorde de US$ 9 bilhões na unidade de refino da empresa no ano passado, o que aumentou a pressão para que a Petrobras faça captações para financiar seus gastos, disse a MainFirst Schweiz AG, que vendeu seus últimos títulos da Petrobras em 2010.

A estatal, que já tem US$ 92 bilhões em dívida, terá que captar em média US$ 16 bilhões por ano até 2016 dentro de seu programa de investir US$ 237 bilhões em cinco anos. A companhia levantou pelo menos US$ 6 bilhões em emissões de dívida em janeiro e fevereiro nos últimos dois anos.

“Nunca é uma situação que melhora”, disse Cornel Bruhin, administrador de recursos com foco em mercados emergentes e que ajuda na gestão de US$ 3,9 bilhões em ativos na MainFirst, em entrevista por telefone de Zurique. “Para ter um bom desempenho em um fundo dedicado a mercados emergentes, não se pode comprar esses papéis.”

A Petrobras não respondeu aos e-mails com pedido de comentários sobre o desempenho de seus títulos, seus planos de captação e tentativas de vender ativos.

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