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Petro cai 6%; Bolsa recua 1,5%…

Ibovespa: -3% na semana O dia foi novamente de baixa na bolsa brasileira com o Ibovespa recuando 1,56%. A queda do índice na semana já passa de 3%. A quarta-feira foi dominada por notícias corporativas de Gerdau e Petrobras (leia as notas seguintes). Além disso, o preço do minério de ferro caiu 2,9% na China, […]

Gerdau (Germano Luders/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2017 às 18h55.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.

Ibovespa: -3% na semana

O dia foi novamente de baixa na bolsa brasileira com o Ibovespa recuando 1,56%. A queda do índice na semana já passa de 3%. A quarta-feira foi dominada por notícias corporativas de Gerdau e Petrobras (leia as notas seguintes). Além disso, o preço do minério de ferro caiu 2,9% na China, contribuindo para perdas no setor de siderurgia e mineração. As ações preferenciais da Vale caíram 2,72%, enquanto os papéis ordinários da CSN recuaram 6,1%. Do lado positivo, as ações da fabricante de aviões Embraer subiram 2,4% antes da divulgação de resultados (que acontecerá amanhã de manhã) e também com a alta do dólar. A moeda americana subiu 1,6% com notícias positivas sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos e chegou a 3,16 reais.

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Mudanças na Gerdau

As ações da siderúrgica Gerdau seguiram caminhos diferentes nesta quarta-feira. Os papéis ordinários, de baixa liquidez, subiram 17,7%, enquanto os papéis preferenciais (que integram o Ibovespa) caíram 6,7%. As ações da Metalúrgica Gerdau também tiveram perdas, de 7,5% — a maior do Ibovespa. Além da queda do minério de ferro, parte das perdas vem com a notícia de um acordo que pode extinguir as ações preferenciais da companhia. A Metalúrgica Gerdau, controladora da Gerdau, fechou um acordo com o banco BTG Pactual para trocar 34,2 milhões de ações ordinárias da Gerdau detidas pelo BTG por 33,36 milhões de papéis preferenciais da controlada. Com a troca, a Metalúrgica passará a deter 84,4% das ações ordinárias da Gerdau. Com o aumento da fatia, a Metalúrgica vai submeter à Comissão de Valores Mobiliários um pedido de registro de oferta pública de aquisição (OPA). Nessa operação será oferecido aos detentores de ações ordinárias da Gerdau a possibilidade de troca por papéis preferenciais da companhia, detidos atualmente pela Metalúrgica, na proporção de 1 para 1. “A OPA é ruim para os acionistas minoritários que detêm ações preferenciais da Gerdau porque dilui essas ações”, afirma Luis Gustavo Pereira, estrategista da corretora Guide. “Para os acionistas ordinários, que compram a ação pensando no direito a voto, também não é uma boa notícia”, completa.

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CVM x Petrobras

Os preços do barril de petróleo despencaram quase 5% nesta quarta-feira, levando as ações da Petrobras a fechar em baixa. Os papéis ordinários da estatal caíram 6,1%; e os preferenciais, 4,1%. No radar da companhia também está a notícia de que a Comissão de Valores Mobiliários determinou que a Petrobras refaça e reapresente as demonstrações financeiras de 2013, 2014 e 2015 e também os balanços trimestrais de 2016. Segundo a CVM, o objetivo é contemplar estornos de efeitos contábeis decorrentes da prática de contabilidade de hedge. O hedge é usado para proteção contra variações cambiais em empresas que têm receitas ou dívidas em moedas estrangeiras. A estatal disse na noite de terça-feira que vai recorrer da decisão e por isso ela não vale imediatamente. Após o fechamento do mercado, a Petrobras informou que divulgará seu balanço de 2016 no dia 21 de março.

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MRV lucra um pouco mais

As ações da construtora MRV chegaram a subir 3% durante o dia, mas terminaram com leve queda de 0,07%. A companhia apresentou uma alta de 1,2% no lucro do quarto trimestre de 2016, que fechou em alta de 142 milhões de reais. No acumulado do ano, o lucro subiu 1,7%, para 557 milhões de reais. Com os resultados, o banco Credit Suisse elevou a recomendação da ações de neutra para desempenho acima da média, com preço-alvo de 16 reais. Para o BTG, o resultado do quarto trimestre veio em linha com o esperado.

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Dívida ainda alta

A proporção da dívida bruta do país em relação ao produto interno bruto (PIB) deve continuar subindo até 2020 mesmo com a adoção pelo governo do teto de gastos federais. A análise é da diretora executiva de rating soberano da agência Standard & Poor’s, Lisa Schineller. “Isso ocorrerá porque o PIB do país está num ritmo abaixo de seu potencial”, apontou. “Sem crescimento sólido, a perspectiva para a evolução da economia no longo prazo é limitada.” Segundo Lisa serão necessários “vários governos” para atacar os problemas da área fiscal. Para ela, contudo, o setor externo “é um fator de força” do Brasil, pois já ocorreu nos anos recentes um ajuste substancial do déficit na conta-corrente.

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