São Paulo - O dólar avançava frente ao real na manhã desta quarta-feira, seguindo a tendência dos mercados globais, sem repercutir de forma significativa a saída de Antonio Palocci da Casa Civil.

Às 10h27 (horário de Brasília), a divisa dos Estados Unidos era negociada a 1,583 real para venda, em alta de 0,32 por cento . Mais cedo, o dólar chegou a subir 0,57 por cento.

Profissionais do mercado avaliam que a saída de Palocci não deve ter um efeito considerável sobre a taxa de câmbio, com a pressão da notícia concentrada somente no início do dia.

Palocci entregou carta de renúncia na terça-feira, após acusações envolvendo o rápido aumento de seu patrimônio.

Assim, a cotação estava "acompanhando o dólar mais forte lá fora", segundo José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença, que também reconheceu um ajuste após a baixa do dia anterior. Na véspera, o dólar recuou 0,32 por cento.

Julio Hegedus, economista-chefe da Interbolsa do Brasil, considera que o mercado apenas "repercute a falta de ânimo no mundo inteiro".

Comentários pessimistas do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, sobre a economia dos EUA geravam aversão ao risco e o dólar subia 0,34 por cento ante uma cesta com as principais divisas.

Enquanto isso, o mercado europeu de ações e os futuros do índice Standard & Poor's 500 , da bolsa de Nova York, operavam no vermelho.

O mercado brasileiro também aguarda nesta quarta-feira a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic.

Pesquisa da Reuters apontou que o Banco Central deve elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto, para 12,25 por cento ao ano.