Patrocínio para Ferrari ajuda Santander a protagonizar IPO
O patrocínio do banco à Ferrari colocou o nome do maior credor da Espanha no chassi do supercarro italiano da Fórmula 1, e também ajudou sua divisão de títulos
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2015 às 20h30.
O patrocínio concedido pelo Banco Santander SA à Ferrari colocou o nome do maior credor da Espanha no chassi do supercarro italiano da Fórmula 1 .
Também ajudou sua divisão de títulos, menos conhecida, a conseguir um dos objetivos mais cobiçados pelos principais bancos de investimento do mundo.
A Fiat Chrysler Automobiles NV escolheu o Santander como um dos três subscritores que vão conduzir a abertura de capital da Ferrari, empresa que ela avalia em mais de US$ 11 bilhões.
O Santander superou a concorrência de empresas de Wall Street, como JPMorgan Chase Co. e Morgan Stanley, disseram fontes do setor, e o banco trabalhará junto com o UBS Group AG e o Bank of America Corp.
“Se não fôssemos um parceiro de longa data, nunca teríamos sido nomeados”, disse Georg Orssich, diretor mundial de serviços bancários corporativos e de investimentos do Santander.
“É uma transação com um nível incomum de visibilidade. Existe um relacionamento muito forte”.
Seis anos atrás, o falecido presidente do Santander Emilio Botín e Luca di Montezemolo, o ex-presidente da Ferrari, assinaram um acordo em Monza, Itália, que permite que o banco, que tem o mesmo uniforme corporativo vermelho que a “scuderia”, exiba o nome de sua marca nos carros de corrida da Ferrari.
Desafio
O Santander foi o 28° colocado na gestão de ofertas acionárias mundiais nos últimos dez anos, o que mal se compara a seus parceiros na transação.
O banco administrou 128 vendas de ações para a subscrição de US$ 31 bilhões em ações, segundo dados compilados pela Bloomberg.
No mesmo período, o UBS trabalhou em mais de 2.100 ofertas por US$ 387 bilhões, e o Bank of America, em cerca de 1.800 transações por US$ 287 bilhões no mesmo período.
O banco acompanha de perto as empresas espanholas e as transações em seu país natal, onde desempenha uma função ativa, mas conseguir ser nomeado em transações fora da Espanha, de Portugal, do Reino Unido ou do Brasil continua sendo um desafio, disseram fontes do setor.
O Santander foi um dos principais subscritores na abertura da Aena SA em janeiro, de US$ 4,8 bilhões, e na venda de US$ 6,6 bilhões da Iberdrola Renovables SA em 2007, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Vínculo ‘profundo’
Com a mesma cor na marca e uma associação com pilotos ocasionais da Ferrari, vindos de dois de seus principais mercados, encarnada no brasileiro Felipe Massa e no espanhol Fernando Alonso, o acordo de patrocínio atraiu o Santander e seu falecido presidente Botín, fanático por Fórmula 1.
“Eu presumiria que o fato de que o Santander ia participar da abertura nunca foi contestado”, disse Ricardo Wehrhahn, sócio administrativo da Intral Strategy Execution, uma consultoria para bancos e empresas em Madri. “O relacionamento que eles têm é muito profundo”.
Não se sabe se isso fará com que o Santander obtenha mais mandados para aberturas mundiais, pois as grandes empresas procuram bancos de investimento capazes de recorrer a investidores da Ásia até os EUA.
“Será difícil que eles deem um salto na tabela de posições só por terem ganhado um papel nessa transação”, disse Amiyatosh Purnanandam, professor da Ross School of Business, da Universidade de Michigan.
Contudo, isso “destaca um aspecto interessante do negócio das aberturas – bancos com uma relação anterior com a marca poderiam levar vantagem para conseguir uma função no consórcio quando a marca abrir seu capital”.
O patrocínio concedido pelo Banco Santander SA à Ferrari colocou o nome do maior credor da Espanha no chassi do supercarro italiano da Fórmula 1 .
Também ajudou sua divisão de títulos, menos conhecida, a conseguir um dos objetivos mais cobiçados pelos principais bancos de investimento do mundo.
A Fiat Chrysler Automobiles NV escolheu o Santander como um dos três subscritores que vão conduzir a abertura de capital da Ferrari, empresa que ela avalia em mais de US$ 11 bilhões.
O Santander superou a concorrência de empresas de Wall Street, como JPMorgan Chase Co. e Morgan Stanley, disseram fontes do setor, e o banco trabalhará junto com o UBS Group AG e o Bank of America Corp.
“Se não fôssemos um parceiro de longa data, nunca teríamos sido nomeados”, disse Georg Orssich, diretor mundial de serviços bancários corporativos e de investimentos do Santander.
“É uma transação com um nível incomum de visibilidade. Existe um relacionamento muito forte”.
Seis anos atrás, o falecido presidente do Santander Emilio Botín e Luca di Montezemolo, o ex-presidente da Ferrari, assinaram um acordo em Monza, Itália, que permite que o banco, que tem o mesmo uniforme corporativo vermelho que a “scuderia”, exiba o nome de sua marca nos carros de corrida da Ferrari.
Desafio
O Santander foi o 28° colocado na gestão de ofertas acionárias mundiais nos últimos dez anos, o que mal se compara a seus parceiros na transação.
O banco administrou 128 vendas de ações para a subscrição de US$ 31 bilhões em ações, segundo dados compilados pela Bloomberg.
No mesmo período, o UBS trabalhou em mais de 2.100 ofertas por US$ 387 bilhões, e o Bank of America, em cerca de 1.800 transações por US$ 287 bilhões no mesmo período.
O banco acompanha de perto as empresas espanholas e as transações em seu país natal, onde desempenha uma função ativa, mas conseguir ser nomeado em transações fora da Espanha, de Portugal, do Reino Unido ou do Brasil continua sendo um desafio, disseram fontes do setor.
O Santander foi um dos principais subscritores na abertura da Aena SA em janeiro, de US$ 4,8 bilhões, e na venda de US$ 6,6 bilhões da Iberdrola Renovables SA em 2007, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Vínculo ‘profundo’
Com a mesma cor na marca e uma associação com pilotos ocasionais da Ferrari, vindos de dois de seus principais mercados, encarnada no brasileiro Felipe Massa e no espanhol Fernando Alonso, o acordo de patrocínio atraiu o Santander e seu falecido presidente Botín, fanático por Fórmula 1.
“Eu presumiria que o fato de que o Santander ia participar da abertura nunca foi contestado”, disse Ricardo Wehrhahn, sócio administrativo da Intral Strategy Execution, uma consultoria para bancos e empresas em Madri. “O relacionamento que eles têm é muito profundo”.
Não se sabe se isso fará com que o Santander obtenha mais mandados para aberturas mundiais, pois as grandes empresas procuram bancos de investimento capazes de recorrer a investidores da Ásia até os EUA.
“Será difícil que eles deem um salto na tabela de posições só por terem ganhado um papel nessa transação”, disse Amiyatosh Purnanandam, professor da Ross School of Business, da Universidade de Michigan.
Contudo, isso “destaca um aspecto interessante do negócio das aberturas – bancos com uma relação anterior com a marca poderiam levar vantagem para conseguir uma função no consórcio quando a marca abrir seu capital”.