Papéis da AES Tietê caem com a venda de fatia do BNDES para controladora
O recuo das units revela que parte dos investidores estava posicionada de modo a se beneficiar com o valor mais alto da operação proposto pela Eneva
Natália Flach
Publicado em 28 de julho de 2020 às 17h15.
Última atualização em 28 de julho de 2020 às 17h25.
Os investidores parecem não ter ficado satisfeitos com a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) de autorizar a americana AES Corp. a comprar parte de suas units da AES Tietê , em detrimento da oferta feita pela Eneva. Os papéis da AES Tietê encerram o pregão desta terça-feira, 28, em queda de 7,75%, depois de chegar a entrar em leilão no início das negociações.
"Esse movimento de preço demonstra que parte do mercado estava claramente posicionada para obter preço mais alto da proposta da Eneva. Entretanto, a questão da fatia em dinheiro acabou pesando mais a favor da AES dado que BNDES tem como prioridade reduzir sua carteira de ações", afirma Bruno Lima, especialista em renda variável da EXAME Research.
Com a transação, a AES Corp passa a deter 18,5% da fatia do BNDES na AES Tietê, que até então era de 28,4%. A expectativa é que a AES Tietê seja negociada no Novo Mercado, segmento da mais alta governança corporativa da bolsa.