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Pão de Açúcar: É cedo para o mercado se animar, diz Deutsche Bank

Confira também análises e informações sobre HomeAway, OHL Brasil, Gradiente, Cemig, Galp e BTG Pactual

Os analistas lembram ainda que a aprovação do Cade não é certa e pode levar um longo tempo (Marcel Salim/EXAME.com)

Os analistas lembram ainda que a aprovação do Cade não é certa e pode levar um longo tempo (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 18h52.

São Paulo - Aqui está o que se fala no mercado nesta quarta-feira (29):

1 É cedo para o mercado se animar, diz Deutsche Bank

A forte alta de 12,1% das ações do Pão de Açúcar (PCAR4) ontem pode ter sido uma reação exagerada do mercado para o anúncio da proposta de fusão da varejista com o Pão de Açúcar, avalia o Deutsche Bank. “Acreditamos que é prematuro para o mercado ficar empolgado com os potenciais ganhos da fusão que ainda não foi aprovada pelo Carrefour ou pelo Casino”, afirmam Renata Coutinho e Reinaldo Santana, que assinam o relatório do banco.

Os analistas lembram ainda que a aprovação do Cade não é certa e pode levar um longo tempo. O Deutsche Bank rebaixou as ações de compra para manutenção até ter “maior visibilidade” sobre a operação. O preço-alvo é de 78 reais, o que representa um potencial de valorização de 9,8% em relação ao fechamento de hoje (71 reais). O mercado reduziu o entusiasmo nesta quarta-feira e as ações recuaram 3,07%.

“Ainda não é tão óbvio que o acordo será aprovado pelo Casino (um dos controladores do Pão de Açúcar). O fluxo negativo de notícias da disputa dos acionistas e as incertezas acerca da solução devem adicionar volatilidade para a ação, sobrepondo-se a qualquer fundamento positivo dos negócios atuais do Pão de Açúcar”, ressaltam os analistas. Para o banco, há uma  boa chance de que ambas partes enfrentem uma longa disputa legal.

“Também acreditamos que caso o acordo siga mesmo sem o consentimento do Casino por conta de qualquer brecha encontrada no contrato, isso poderia criar uma preocupação geral para os investidores”, dizem.

2 - BlackRock sugere 100% de exposição ao mercado de ações

Conhecido como um dos investidores mais respeitados, Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo, anunciou nesta quarta-feira (29) que, se pudesse, apostaria todo seu dinheiro no mercado de ações. O executivo criticou os investidores que apostam em fundos de hedge.

Em declaração à rede de TV americana CNBC durante um fórum de fundos em Mônaco, Fink revelou que “não tem medo de comprar títulos do Tesouro dos Estados Unidos”, mas que, caso pudesse, ele elevaria para 100% a sua exposição na renda variável.

3 HomeAway dispara 42% após captar US$ 216 milhões em IPO nos EUA

A HomeAway, site de internet considerado líder mundial no oferecimento de aluguéis para temporada e que atua em 120 países com mais de 480 mil imóveis, viu suas ações dispararem nesta quarta-feira, data de estreia na Bolsa de Valores de Nova York.

Ontem (28), a companhia captou 216 milhões de dólares em sua Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) por meio da venda de 8 milhões de ações a um preço de 27 dólares cada. Hoje, os papéis ordinários da companhia, negociados sob o código AWAY na Nasdaq, atingiram uma alta de 42,30%, cotados a 56,66 dólares na máxima do dia.

4 Investimentos e pedágios mais altos beneficiam ação da OHL

Após incorporar os últimos resultados apresentados, novas premissas macroeconômicas, expectativas mais otimistas para o fluxo de veículos e a adoção dos novos padrões contábeis, a Ágora Corretora elevou nesta quarta-feira o preço-alvo da concessionária de rodovias OHL Brasil (OHLB3).

Em relatório, o analista Luiz Otávio Broad ampliou sua estimativa para as ações ordinárias da OHL de 65,50 para 71,80 reais por ação até dezembro deste ano. O valor representa um potencial de alta de 5,58% frente à cotação de 68 reais vista no fechamento do pregão de ontem. A sugestão para comprar os papéis foi reiterada.


5 Ações da Gradiente tombam 15% com investidores à espera de julgamento

As ações da fabricante de produtos eletroeletrônicos Gradiente (IGBR3) registraram queda acentuada nesta quarta-feira, com os investidores à espera da decisão da Justiça diante do processo que a companhia mantém contra a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), previsto para ser julgado amanhã (30).

A empresa tenta reaver aproximadamente 300 milhões de reais que foram pagos indevidamente a Suframa na forma de impostos durante oito anos.

Não apenas isto, os papéis também reagiram ao fato de que a Gradiente deve anunciar o desdobramento de suas ações de 1 para 10 em breve, a fim de garantir maior liquidez. De acordo com alguns acionistas da Gradiente, a informação foi confirmada pelo próprio diretor de relações com investidores e vice-presidente da empresa, Richard Jesse Staub. Procurado por EXAME.com, o executivo não estava disponível para falar até a publicação desta reportagem.

6 Cemig estuda captar com papel de 10 anos em real, diz Rolla

A Companhia Energética de Minas Gerais (CMIG3) está medindo o interesse dos investidores por uma captação por títulos de 10 anos em real este ano para ajudar a refinanciar a dívida que está vencendo, disse o diretor financeiro da empresa, Luiz Fernando Rolla. A companhia pretende levantar pelo menos 1,7 bilhão de reais, disse ele em entrevista hoje na sede da Bloomberg em Nova York.

7 Galp pode se valorizar com venda no Brasil, diz Bernstein

A Galp Energia SGPS, maior empresa de petróleo de Portugal, pode impulsionar o preço de suas ações com a eventual venda de uma fatia de sua unidade brasileira, disse a Sanford C. Bernstein & Co.

“O plano da Galp de vender ativos no Brasil até o fim do terceiro trimestre deve impulsionar sua valoração”, disse Oswald Clint, analista da Bernstein, que tem recomendação de outperform para a companhia. “Acreditamos que a exploração do pré-sal é algo único, que deve continuar atraindo maiores valorações.”

8 BTG Pactual deve pagar 5,125% em captação com títulos de 5 anos

O Banco BTG Pactual, que tem como presidente o bilionário André Esteves, deve pagar uma taxa de retorno de 5,125% em sua captação benchmark com títulos de cinco anos no exterior, segundo uma pessoa familiarizada com a transação.

Os títulos devem ser vendidos após encontros com investidores que terminam amanhã, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque os termos ainda não foram fechados.

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