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PANORAMA3-Receio com Europa eleva dólar; Cisco abate Wall Street

SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - A quinta-feira foi de aversão a risco nos principais mercados financeiros, com o dólar em alta em meio a renovados temores com a saúde fiscal em países europeus e as bolsas de valores no vermelho por dúvidas sobre a recuperação econômica global. O receio de que as finanças […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 17h44.

SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - A quinta-feira foi de
aversão a risco nos principais mercados financeiros, com o
dólar em alta em meio a renovados temores com a saúde fiscal em
países europeus e as bolsas de valores no vermelho por dúvidas
sobre a recuperação econômica global.

O receio de que as finanças de algumas nações da zona do
euro estejam fora de controle renovava preocupações com a
recuperação na região. O spread entre os rendimentos pagos por
títulos irlandeses, por exemplo, na comparação com o dos
alemães saltava à máxima recorde, com investidores temerosos
quanto à capacidade de Dublin de honrar seus compromissos.

Era o suficiente para derrubar o euro para a mínima em
cinco semanas ante o dólar, favorecendo os ganhos da moeda
norte-americana ante uma cesta de divisas .

O cenário ainda incerto para a economia europeia levou
inclusive a Cisco Systems a mostrar cautela com as
perspectivas para o curto prazo.

As ações da companhia caminhavam para a maior queda em
dólar de sua história, o que pesava em cheio sobre os
principais índices acionários em Nova York. O volume, contudo,
era baixo, em um feriado nos EUA que manteve o segmento de
Treasuries fechado nesta sessão.

Investidores também monitoraram a reunião entre líderes do
G20 na Coreia do Sul, com questões cambiais e desequilíbrios
comerciais na pauta do encontro.

No evento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou
que o governo adotará medidas para evitar que a depreciação do
do dólar prejudique as exportações brasileiras [ID:nN11105631].
Com tal pano de fundo, a moeda dos EUA marcou a segunda alta
consecutiva ante o real.

A valorização da moeda norte-americana zerou os ganhos do
petróleo verificados mais cedo, depois de fortes dados da China
elevarem a demanda da commodidy no país a um nível recorde em
outubro.

As ações da Petrobras recuaram, com o mercado na
expectativa pela divulgação balanço da companhia, prevista para
a noite desta quinta-feira. Analistas ouvidos pela Reuters
esperam alta de 12 por cento no lucro líquido do terceiro
trimestre [ID:nN08227594].

O mercado seguiu acompanhando os desdobramentos do aporte
de 2,5 bilhões de reais ao Panamericano anunciado
nesta semana. O presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, sinalizou que o controle da instituição, detido pelo
grupo Silvio Santos, deve ser vendido [ID:nN11109085].

Sobre inflação, Meirelles disse que o BC está atento ao
aumento dos preços dos alimentos, que vem ancorando a elevação
nos últimos dados inflacionários. Em meio a temores quanto à
piora nas projeções, as taxas futuras de juros subiram na
BM&FBovespa.

Da pauta macroeconômica, o emprego na indústria brasileira
teve variação negativa de 0,1 por cento em setembro sobre
agosto, após oito resultados positivos, informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) [ID:nN11264223].

Veja como fecharam os principais mercados nesta
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,719 real, em alta de 0,47 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

Veja também

O Ibovespa recuou 0,62 por cento, para 71.195 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 5,99 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros perdia 1,21 por
cento, a 36.072 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,58 por cento ao ano, ante
11,52 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3656 dólar,
ante 1,3782 dólar no fechamento anterior.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
caía 0,88 por cento, a 11.257 pontos; o S&P 500 cedia
0,61 por cento, a 1.211 pontos, e o Nasdaq tinha baixa
de 1,04 por cento, a 2.551 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
terminou estável, a 87,81 dólares por barril.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)

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