SÃO PAULO, 8 de setembro (Reuters) - Os principais mercados
financeiros globais se recuperaram nesta quarta-feira, num
movimento de correção à forte baixa da véspera. A Bovespa, no
entanto, cedeu, realinhando-se à queda nas demais bolsas.

Na bolsa paulista, o fiel da balança foram as blue chips
Petrobras e Vale , mesmo com a valorização
geral das commodities . A petrolífera foi alvo da
movimentação de investidores para o processo de capitalização,
enquanto a mineradora reagiu à forte depreciação de seus ADRs
na véspera.

O dólar também recuou, mesmo com o Banco Central realizando
um segundo leilão de compra de dólares no mercado à vista
[ID:nN08125965].

Já os juros futuros da BM&FBovespa oscilaram sem tendência
definida, à espera da ata da última reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) e do IPCA de agosto.

No exterior, o clima foi positivo, em meio ao alívio nas
preocupações com o sistema bancário europeu e à alta nos papéis
ligados às matérias-primas e ao setor de tecnologia. O índice
FTSEurofirst 300 fechou no pico em quatro meses.

O ambiente mais favorável a ativos de risco --proporcionado
também pelo êxito de Portugal ao vender 1,04 bilhão de euros em
leilão de títulos públicos-- permitiu a recuperação da moeda
única frente ao dólar e ao iene , que renovou a
máxima em 15 anos contra a divisa norte-americana .

Em meio ao razoável otimismo, o Fed avaliou em seu Livro
Bege que a economia dos EUA mostrou "sinais abrangentes" de
desaquecimento nas seis semanas até o final de agosto,
principalmente na Costa Leste e no Meio-Oeste do país
[ID:nN08121030].

Da pauta doméstica, a Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores (Anfavea) informou que em agosto o
setor automotivo produziu 329,1 mil unidades, alta de 3,4 por
cento sobre julho e de 11,5 por cento em relação a um ano
antes, marcando o melhor mês de agosto na história
[ID:nN0898820].

Já o fluxo cambial no país ficou negativo em 680 milhões de
dólares no mês passado, pressionado pelas operações comerciais
[ID:nN08108212].

Veja como terminaram os principais mercados nesta
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,725 real, em baixa de 0,12 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 0,51 por cento, a 66.407 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 5,69 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,68 por
cento, a 32.747 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,35 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,34 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,2718 dólar, ante
1,2682 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía para 136,375 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 3,003 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 7 pontos, a 218 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 6 pontos, a 286 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subiu 0,45 por cento, a 10.387
pontos, o S&P 500 ganhou 0,64 por cento, a 1.098 pontos.
O Nasdaq Composite avançou 0,90 por cento, aos 2.228
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
teve alta de 0,58 dólar, ou 0,78 por cento, a 76,67 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, recuava, oferecendo rendimento de 2,6591
por cento ante 2,598 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)