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Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2010 às 15h02.
SÃO PAULO, 23 de setembro (Reuters) - Dados econômicos
decepcionantes das economias europeia e norte-americana, com
queda dos respectivos mercados acionários, não foram páreo para
a Petrobras, cujas ações conseguiram levar o principal índice
da bolsa brasileira ao maior fechamento desde abril.
De quebra, a perspectiva de fluxo de recursos para a
capitalização da companhia mais uma vez reverberou no mercado
de câmbio. O dólar caiu levemente frente ao real, apesar da
tendência de valorização no exterior.
Num dia em que o investidor no mercado doméstico preferiu
olhar a parte cheia do copo, nem mesmo os dados mostrando que a
taxa de desemprego no país atingiu o menor patamar da série
histórica em agosto foi suficiente para sustentar temores de
pressão inflacionária, e os juros futuros acabaram recuando no
final. Nesse caso, prevaleceu o alinhamento aos mercados
internacionais, com investidores apáticos pela piora no mercado
de trabalho nos Estados Unidos e desaceleração na Europa.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 12
mil na semana passada nos EUA, após duas semanas seguidas de
queda [ID:nN23155353]. Na Europa, o ritmo de crescimento dos
setores de serviços e manufatureiro da zona do euro desacelerou
mais que o esperado em setembro [ID:nN23137373].
Um outro índice mostrando que as vendas de moradias usadas
no mercado norte-americano cresceram 7,6 por cento em agosto
[ID:nN23155353] não sustentou o repique das bolsas de Wall
Street e da Europa, que fecharam de novo no vermelho.
No Brasil, como já se esperava, o foco das atenções foi
Petrobras. A precificação de sua megaoferta de ações deve ser
divulgada nesta noite.
Segunda-feira é a data limite para que os dólares
interessados na operação possam ser convertidos em reais e
usados na liquidação da oferta.
Além da forte alta dos papéis da petroleira, a notícia do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a
taxa de desemprego também ajudou a Bovespa.
A sessão contou ainda com leilão de títulos públicos do
Tesouro Nacional [nN23216620].
Veja como fecharam os principais mercados nesta
quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou o dia valendo 1,720 real, com variação
negativa de 0,06 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,69 por cento, para 68.794 pontos. O
volume financeiro do pregão somou 9,17 bilhões de reais, bem
acima da média diária recente.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,38 por
cento, a 33.794 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,55 por cento ao ano no
call das 16h00, ante 11,56 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia saiu cotada a 1,3311 dólar,
ante 1,3399 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía para 137,750 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,700 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil recuava 2 pontos, para 212 pontos-básicos. O
EMBI+ mostrava estabilidade, a 290 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones perdeu 0,72 por cento, a 10.662
pontos, o S&P 500 teve baixa de 0,83 por cento, a 1.124
pontos, e o Nasdaq teve recuo de 0,32 por cento, aos
2.327 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subiu 0,47 dólar, a 75,18 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, operava praticamente estável, oferecendo
rendimento de 2,553 por cento ante 2,555 por cento no
fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Aluísio Alves; Edição de Daniela Machado)