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PANORAMA1-Tom negativo domina mercados antes de dados nos EUA

SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - A quinta-feira começa com viés negativo no cenário internacional, onde o iene voltou a se apreciar levemente ante o dólar diante do ausência de nova intervenção das autoridades japonesas no câmbio, enquanto indicadores econômicos fracos prejudicavam os pregões na Europa e investidores aguardavam divulgações nos Estados Unidos. Ao […]

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 05h16.

SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - A quinta-feira
começa com viés negativo no cenário internacional, onde o iene
voltou a se apreciar levemente ante o dólar diante do ausência
de nova intervenção das autoridades japonesas no câmbio,
enquanto indicadores econômicos fracos prejudicavam os pregões
na Europa e investidores aguardavam divulgações nos Estados
Unidos.

Ao vender mais de 2 trilhões de ienes nos mercados globais
na véspera para tentar frear o fortalecimento de sua moeda, o
BC japonês conseguiu colocar a cotação do dólar acima de 85
ienes, nível que se mantinha nesta sessão . Profissionais
do mercado avaliam que outra atuação pode ocorrer se a divisa
perder esse patamar.

E a apreciação era limitada uma vez que o primeiro-ministro
do Japão, Naoto Kan, sinalizou nesta quinta-feira que as
autoridades continuarão intervindo no mercado para conter a
alta do iene se for necessário. "Se rápidas flutuações do iene
prejudicarem o apetite das empresas japonesas por investimento
domésticos e as levarem para fábricas fora, iso pode piorar as
condições de emprego e afetar o combate à deflação", afirmou.
"Tomarei ações decisivas se necessário." [ID:nN16239455]

O Nikkei encerrou praticamente estável, com queda
de 0,07 por cento, após atingir a máxima em cinco semanas. O
índice da bolsa de Xangai caiu 1,89 por cento
pressionado por ações de bancos, com agentes no mercado citando
notícias de que o regulador bancário da China estaria
considerando elevar o coeficiente de solvabilidade dos
principais bancos para até 15 por cento. Um representante do
refulador em Pequim disse à Reuters que nenhuma nova regulação
foi publicada.

O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção
do Japão cedia 0,81 por cento, enquanto o para
ações globais registrava decréscimo de 0,16 por
cento e o para ações emergentes declinava 0,51 por
cento.

Na Europa, o índice FTSEurofirst 300 recuava 0,47
por cento, na terceira sessão consecutiva no vermelho, com
papéis de mineradoras entre os destaques de baixa. O sentimento
negativo ainda foi acentuado por dados mostrando queda nas
vendas do varejo britânico no mês passado pela primeira vez
desde janeiro. O euro, contudo, valorizava-se a 1,3090 dólar,
com alta de quase 0,60 por cento.

Nos EUA, os contratos futuros acionários apontavam uma
abertura fraca em Wall Street, com o contrato do S&P 500 cedendo 3,2 pontos. A divisa norte-americana desvalorizava-se
0,43 por cento ante uma cesta com as principais moedas globais.

As atenções estão voltadas para dados semanais de
auxílio-desemprego no país e também um indicador de atividade
manufatureira, mas também para os testemunhos do secretário do
Tesouro, Timothy Geithner, em comitês no Senado (11h) e na
Câmara (15h).

Entre as commodities, o petróleo perdia 0,61 dólar, a 75,41
dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.

No Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego divulga os
dados de agosto sobre a criação de empregos formais do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a Receita Federal
informa o resultado de agosto da arrecadação federal de
impostos e contribuições. Em julho, o governo federal arrecadou
67,973 bilhões de reais em impostos e contribuições, valor
recorde para o mês.

Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas reportou alta de 0,31
por cento para o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S)
na segunda quadrissemana de setembro. Projeções apuradas pela
Reuters apontavam elevação de 0,23 por cento, segundo a
mediana. Na primeira leitura do mês, o indicador registrou alta
de 0,17 por cento.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN16187856]

Veja como terminaram os principais mercados na
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,727 real, em alta de 1,11 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,61 por cento, a 68.106 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,24 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,26 por
cento, a 33.535 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,33 por cento ao ano no call
das 16h, ante 11,32 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3008 dólar, ante
1,2995 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
avançava para 137,500 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,774 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 12 pontos, a 203 pontos-básicos. O
EMBI+ perdia 11 pontos, a 276 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones ganhou 0,44 por cento, a 10.572
pontos, o S&P 500 avançou 0,35 por cento, a 1.125
pontos. O Nasdaq Composite teve alta de 0,50 por cento,
aos 2.301 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
caiu 0,78 dólar, ou 1,02 por cento, a 76,02 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 2,7244
por cento ante 2,679 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)

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