Mercados

Petróleo volta a subir, mas não mina reação das bolsas

SÃO PAULO A trégua na escalada do petróleo não durou muito e os preços retomavam a trajetória ascendente nesta sexta-feira, ainda sob efeito do nervosismo acerca de eventuais desdobramentos dos violentos protestos na Líbia. Nas operações eletrônicas em Nova York , a commodity subia 0,52 por cento, a 97,79 dólares, às 7h40. Em Londres, o […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 08h43.

SÃO PAULO A trégua na escalada do petróleo não durou muito e os preços retomavam a trajetória ascendente nesta sexta-feira, ainda sob efeito do nervosismo acerca de eventuais desdobramentos dos violentos protestos na Líbia.

Nas operações eletrônicas em Nova York , a commodity subia 0,52 por cento, a 97,79 dólares, às 7h40. Em Londres, o Brent avançava 0,70 por cento, a 112,14 dólares.

Declarações na véspera da Arábia Saudita indicando que pode cobrir cortes de exportações resultantes dos tumultos na Líbia ajudaram a amenizar os temores sobe o abastecimento de petróleo do Oriente Médio, mas não foram suficientes para sustentar um alívio mais duradouro nas cotações da commodity. O Conselho de Segurança da ONU irá se reunir nesta sexta-feira para discutir uma proposta de sanções contra os líderes líbios.

O movimento no petróleo, contudo, ainda não minava a recuperação nas principais praças acionárias internacionais, após uma sequência de perdas. Nos Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama disse que mundo pode resistir a um aumento do petróleo, o contrato futuro do S&P-500 subia 0,61 por cento --7,90 pontos. O índice à vista acumula na semana declínio de 2,7 por cento.

A agenda norte-americana inclui nesta sessão revisão do PIB no quarto trimestre. Também está prevista a leitura final de fevereiro do índice Thomson Reuters/Universidade de Michigan sobre a confiança do consumidor naquele país.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 <.FTEU3> registrava acréscimo de 0,57 por cento, após recuar 3,5 por cento na semana até ontem. O índice MSCI para ações globais ganhava 0,36 por cento e para emergentes, 0,68 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão aumentava 1,15 por cento. No Japão, o Nikkei <.N225> encerrou no azul pela primeira vez em quatro dias, com alta de 0,71 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou estável.

Entre as moedas, o índice DXY <.DXY>, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, oscilava ao redor da estabilidade, com acréscimo de 0,16 por cento. O euro também registrava variação tímida, em baixa de 0,03 por cento, a 1,3797 dólar. Ante o iene , o dólar era cotado a 82,01 ienes, com elevação de 0,11 por cento.

No Brasil, dados fiscais do setor público consolidado estarão no foco dos investidores, que devem avaliar também o desempenho da inflação apurada pelo IGP-M. Projeções apuradas pela Reuters apontam inflação de 1 por cento, segundo mediana de estimativas que variaram de 0,93 a 1,17 por cento. Em janeiro, o indicador avançou 0,79 por cento.

Da cena corporativa, o resultado recorde da Vale em 2010 deve ser analisado. A mineradora registrou em 2010 o maior lucro da sua história após ganhos no quarto trimestre de 10 bilhões de reais, comparados aos 2,7 bilhões de reais registrados no mesmo período em 2009. No ano, o lucro líquido atingiu 30 bilhões de reais.

Após o fechamento é a vez da Petrobras ocupar os holofotes com a divulgação do seu desempenho no último trimestre do ano passado.

Veja a variação dos principais mercados na quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,664 real, em queda de 0,66 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa teve oscilação positiva de 0,06 por cento, para 66.948 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,98 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20>

O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,21 por cento, a 36.002 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,64 por cento ao ano, ante 12,47 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3794 dólar, ante 1,3746 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 134,188 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,795 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ>

O risco Brasil avançava 2 pontos, para 187 pontos-básicos. O EMBI+ estava estável em 276 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones <.DJI> perdeu 0,31 por cento, a 12.068 pontos; o S&P 500 <.SPX> caiu 0,10 por cento, a 1.306 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> subiu 0,55 por cento, a 2.737 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo caiu 0,82 dólar, ou 0,84 por cento, a 97,28 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, tinha leve alta, oferecendo rendimento de 3,4514 por cento ante 3,483 por cento no fechamento anterior.

Acompanhe tudo sobre:Agenda do dia

Mais de Mercados

Shutdown evitado nos EUA, pronunciamento de Lula e Focus: o que move o mercado

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade