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PANORAMA1-Mercado monitora encontro de ministros do G20

SÃO PAULO, 18 de fevereiro (Reuters) - O encontro de dois dias de ministros de Finanças e autoridades de bancos centrais do G20, que começa nesta sexta-feira em Paris, destaca-se em uma sessão praticamente vazia de indicadores econômicos ao redor do mundo. A política de juros baixos do chamado mundo desenvolvido deve estar entre os […]

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 06h56.

SÃO PAULO, 18 de fevereiro (Reuters) - O encontro de dois
dias de ministros de Finanças e autoridades de bancos centrais
do G20, que começa nesta sexta-feira em Paris, destaca-se em
uma sessão praticamente vazia de indicadores econômicos ao
redor do mundo. A política de juros baixos do chamado mundo
desenvolvido deve estar entre os principais debates nesta
cúpula, que mira combater os desequilíbrios globais.

Ao longo da semana, a ministra da Economia da França,
Christine Lagarde, que preside a reunião, ressaltou a
importância de acordo sobre indicadores que meçam tais
desequilíbrios e afirmou que o país não está propondo controles
sobre commodities. A França tornou prioridade buscar um acordo
sobre uma regulação mais dura para conter a volatilidade dos
preços de alimentos e combustíveis.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do
BC, Alexandre Tombini, estarão presentes no encontro. No início
da semana, Mantega afirmou que o Brasil defenderá na cúpula
medidas de estímulo ao aumento da oferta mundial de produtos
agrícolas para ajudar a conter a escalada dos preços de
commodities. Ele reforçou a posição contrária ao controle sobre
a volatilidade das commmodities e disse que o país ainda
defenderá no encontro a substituição do dólar como única moeda
de troca no comércio mundial.

No ambiente financeiro global, divulgações corporativas
seguem dando o tom positivo aos negócios, embora o "bom humor"
ande limitado pelas tensões no Oriente Médio. Tal preocupação
com a cena geopolítica, aliás, tem mantido os preços do
contrato de petróleo do tipo Brent em Londres acima dos 100
dólares. Nesta sessão, subia 0,68 por cento, a 103,29 dólares,
às 7h35. Nas operações eletrônicas em Nova York, a commodity
era transacionada a 86,16 dólares, com declínio de 0,23 por
cento.

No segmento acionário, o índice MSCI global avançava 0,11
por cento e para emergentes, 0,67 por cento. O MSCI da região
Ásia-Pacífico com exceção do Japão ganhava 0,91 por cento. Na
Europa, o FTSEurofirst 300 oscilava ao redor da estabilidade,
com acréscimo de 0,06 por cento. O contrato futuro do
norte-americano S&P-500 também situava-se praticamente estável,
com queda de 0,02 por cento --0,30 ponto.

Na Ásia, o Nikkei encerrou o dia com variação marginal,
mas positiva, de 0,06 por cento, garantindo a quinta sessão
consecutiva de ganhos. O índice da bolsa de Xangai, por sua
vez, cedeu 0,93 por cento, por realização de lucros e cautela
ante possível novo aperto monetário naquele país.

O oficial China Securities Journal publicou nesta
sexta-feira que o mercado espera amplamente que o Banco Popular
da China anuncie um aumento nos depósitos compulsórios em
breve, porque o tamanho das recentes operações do banco central
no mercado aberto estava muito pequeno para absorver os enormes
fluxos de fundos.

Entre as moedas, o euro recuava 0,15 por cento, a 1,3592
dólar. A concessão de empréstimos emergenciais de um dia pelo
Banco Central Europeu (BCE) permaneceu excepcionalmente alta
pelo segundo dia seguido, elevando temores de que um banco da
zona do euro pode estar enfrentando sérios problemas de
"funding". Dados mostraram que a o valor somou 16 bilhões de
euros --o maior valor desde junho de 2009. Na véspera, esse
montante chegou a 15 bilhões de euros.

Ante a divisa japonesa, o dólar subia 0,16 por cento, a
83,44 ienes. Nesse contexto, o índice DXY, que mede o valor do
dólar ante uma cesta com as principais moedas globais,
aumentava 0,05 por cento.

No Brasil, a pauta inclui apenas prévia do IGP-M, mas
investidores devem repercutir o resultado da BM&Fbovespa,
conhecido na véspera, após o fechamento dos negócios locais. A
bolsa divulgou aumento de 18,8 por cento no lucro do quarto
trimestre na comparação anual, com forte aumento dos volumes
negociados de derivativos. A operadora da bolsa paulista teve
lucro líquido de 261,5 milhões de reais de outubro a dezembro.
O resultado ficou bem próximo da média das estimativas de seis
analistas obtidas pela Reuters, de ganho de 255 milhões de
reais.

Veja a agenda com os principais indicadores desta
sexta-feira [ID: nN18237271]

Veja a variação dos principais mercados na quinta-feira:

CÂMBIO

Veja também

O dólar terminou a 1,663 real, em queda de 0,54 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,17 por cento, para 67.684 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 5,98 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 0,58 por
cento, a 36.428 pontos.

JUROS

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,37 por
cento ao ano, estável ante o ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3604 dólar, ante
1,3566 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
subia a 133,875 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,890 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 6 pontos, para 169 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 3 pontos, a 260 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
subia 0,25 por cento, a 12.318 pontos; o S&P 500 ganhava
0,30 por cento, a 1.340 pontos, e o Nasdaq tinha alta
de 0,18 por cento, a 2.830 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
registrou acréscimo de 1,37 dólar, ou 1,61 por cento, a 86,36
dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,5763
por cento ante 3,623 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Laier; Edição de Silvio Cascione)

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