Ouro e dólar lideraram investimentos em novembro
O ouro avançou 4,62% no mês
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2014 às 07h33.
São Paulo - O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo ( Ibovespa ) - principal termômetro do mercado acionário brasileiro -, que havia liderado as aplicações em outubro, avançou apenas 0,07% em novembro e ficou na lanterna do ranking de investimentos do mês.
No topo ficou o ouro, com alta de 4,62%. Já o dólar , que avançou 3,84% no mês, é o investimento mais rentável no ano, com alta de 8,96%.
A Bovespa, que fechou na mínima no pregão de sexta-feira (28), com baixa de 0,10%, foi para a última colocação do ranking, puxada sobretudo pelo forte recuo das ações da Petrobrás, influenciado por questões internas e externas.
Em novembro, as ações preferenciais da empresa apresentaram baixa de 15,97%. Já as ações ordinárias recuaram 16,86%.
Além da crise política na petroleira, o recuo no mês foi influenciado pela reunião de integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), realizada quinta-feira, que trouxe pressão para o mercado.
"No encontro, foi decidido que não haveria redução da produção da commodity, e isso afetou os países produtores, entre eles o Brasil", diz Fábio Colombo, administrador de investimentos.
Ele também aponta como fator negativo para a Bolsa a desaceleração dos ganhos dos papéis da Vale, devido à baixa cotação do minério de ferro.
Ouro e dólar
O avanço expressivo do ouro, aponta Colombo, foi puxado pela valorização do dólar, que por sua vez lidera os investimentos no ano, com alta de 8,96%. No mês, o avanço da moeda americana foi de 3,84%.
"Essa alta do dólar está relacionada ao anúncio da nova equipe econômica", diz Colombo.
Um dos motivos teria sido a interpretação do mercado da fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a intervenção diária com swaps cambiais pudesse ser reduzida ou mesmo terminar em 2015.
"Pelo pronunciamento, ficou a dúvida se o governo não vai colocar mais swaps cambiais se o mercado necessitar, ou se ele tem interesse de que o câmbio se ajuste a um preço um pouco maior, em função da balança de pagamentos e do setor exportador", diz Colombo.
Já os fundos de renda fixa avançaram 0,88% em novembro, e 8,35% no ano.
"Houve um recuo na curva de juros depois que a equipe econômica foi anunciada, pois o mercado leu que mais para a frente os juros tendem a cair em termos reais", diz Colombo.
Para Michel Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper, isso beneficiou sobretudo os fundos e títulos referenciados à inflação de longo prazo, que tiveram boa valorização no mês.
Ganho real
Para os especialistas, apesar da atratividade da valorização do câmbio, o pequeno investidor precisa ser cauteloso, devido à volatilidade dessa aplicação.
"Como os juros nominais podem subir um pouco mais para controlar a inflação, as LFTs, os fundos DI e os CBDs pós-fixados, nesse momento, são a melhor aposta", diz Fabio Colombo.
Para Viriato, por estar na baixa, a Bovespa ainda guarda boas oportunidades. "O petróleo já caiu de forma significativa; é difícil dizer se vai continuar caindo", diz o professor.
"Aquele investidor que está leve em Bolsa poderia aproveitar para ter uma exposição melhor. Outra opção são os títulos referenciados à inflação", diz.
Colombo concorda: "Mesmo com esses pesos pesados em queda, como Vale e Petrobrás, a Bolsa continua com preços bastante atrativos". (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
São Paulo - O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo ( Ibovespa ) - principal termômetro do mercado acionário brasileiro -, que havia liderado as aplicações em outubro, avançou apenas 0,07% em novembro e ficou na lanterna do ranking de investimentos do mês.
No topo ficou o ouro, com alta de 4,62%. Já o dólar , que avançou 3,84% no mês, é o investimento mais rentável no ano, com alta de 8,96%.
A Bovespa, que fechou na mínima no pregão de sexta-feira (28), com baixa de 0,10%, foi para a última colocação do ranking, puxada sobretudo pelo forte recuo das ações da Petrobrás, influenciado por questões internas e externas.
Em novembro, as ações preferenciais da empresa apresentaram baixa de 15,97%. Já as ações ordinárias recuaram 16,86%.
Além da crise política na petroleira, o recuo no mês foi influenciado pela reunião de integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), realizada quinta-feira, que trouxe pressão para o mercado.
"No encontro, foi decidido que não haveria redução da produção da commodity, e isso afetou os países produtores, entre eles o Brasil", diz Fábio Colombo, administrador de investimentos.
Ele também aponta como fator negativo para a Bolsa a desaceleração dos ganhos dos papéis da Vale, devido à baixa cotação do minério de ferro.
Ouro e dólar
O avanço expressivo do ouro, aponta Colombo, foi puxado pela valorização do dólar, que por sua vez lidera os investimentos no ano, com alta de 8,96%. No mês, o avanço da moeda americana foi de 3,84%.
"Essa alta do dólar está relacionada ao anúncio da nova equipe econômica", diz Colombo.
Um dos motivos teria sido a interpretação do mercado da fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a intervenção diária com swaps cambiais pudesse ser reduzida ou mesmo terminar em 2015.
"Pelo pronunciamento, ficou a dúvida se o governo não vai colocar mais swaps cambiais se o mercado necessitar, ou se ele tem interesse de que o câmbio se ajuste a um preço um pouco maior, em função da balança de pagamentos e do setor exportador", diz Colombo.
Já os fundos de renda fixa avançaram 0,88% em novembro, e 8,35% no ano.
"Houve um recuo na curva de juros depois que a equipe econômica foi anunciada, pois o mercado leu que mais para a frente os juros tendem a cair em termos reais", diz Colombo.
Para Michel Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper, isso beneficiou sobretudo os fundos e títulos referenciados à inflação de longo prazo, que tiveram boa valorização no mês.
Ganho real
Para os especialistas, apesar da atratividade da valorização do câmbio, o pequeno investidor precisa ser cauteloso, devido à volatilidade dessa aplicação.
"Como os juros nominais podem subir um pouco mais para controlar a inflação, as LFTs, os fundos DI e os CBDs pós-fixados, nesse momento, são a melhor aposta", diz Fabio Colombo.
Para Viriato, por estar na baixa, a Bovespa ainda guarda boas oportunidades. "O petróleo já caiu de forma significativa; é difícil dizer se vai continuar caindo", diz o professor.
"Aquele investidor que está leve em Bolsa poderia aproveitar para ter uma exposição melhor. Outra opção são os títulos referenciados à inflação", diz.
Colombo concorda: "Mesmo com esses pesos pesados em queda, como Vale e Petrobrás, a Bolsa continua com preços bastante atrativos". (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)