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Os melhores (e piores) índices da Bovespa em 2014

Ibovespa acumula uma valorização de 12% em 2014, mesmo após economistas passarem a ver expansão econômica menor neste ano

O Índice de Materiais Básicos é o pior da Bolsa, com queda de 21% no ano (REUTERS/Nacho Doce)

Karla Mamona

Publicado em 26 de julho de 2014 às 08h36.

São Paulo – Nos últimos meses, o Ibovespa ganhou um empurrão adicional com a disparada de ações de estatais, em meio às fortes especulações sobre uma possível troca de governo após as eleições.

Desde janeiro, o principal índice da Bovespa acumula uma valorização de 12% - mesmo após economistas passarem a ver expansão econômica no Brasil abaixo de 1% neste ano após novos sinais de fraqueza da atividade.

Veja também

EXAME.com separou os três melhores e os três piores índices da Bovespa atualmente. Veja a seguir:

Índice Financeiro (IFNC)

Desempenho em 2014: +27,40%.

Entre as companhias que ser destacam positivamente no Índice Financeiro estão o Banco do Brasil, Santander e Itaú que acumulam ganhos de 23%, 28% e 28,5%, respectivamente, em 2014.

O bom desempenho do Banco do Brasil está diretamente relacionado ao rali eleitoral. Assim, como as demais estatais, banco viu seus papéis subirem expressivamente depois que as pesquisas eleitorais apontaram um crescimento do candidato Aécio Neves na corrida presidencial.

No caso do Santander, a unidade espanhola anunciou uma oferta para comprar 25% das units do Santader Brasil. Já o Itaú chegou a ser indicado como a única empresa brasileira para investir em 10 anos. Segundo os analistas do Deutsche Bank, o banco está dominando a América Latina, com bom crescimento e lucratividade saudável.

Índice Utilidade Pública (UTIL)

Desempenho em 2014: +17,95%.

O problema do baixo nível de água no sistema de abastecimento da Sabesp, que acumula perdas de 13% na Bolsa no ano, não foi suficiente para atrapalhar o bom desempenho do Índice Utilidade Pública.

O índice tem sido beneficiado, principalmente, pelas companhias elétricas. A Cemig, por exemplo, acumula ganhos de 71% no ano. A companhia anunciou que investirá 3 bilhões de reais na área de distribuição de energia elétrica até 2017.

Índice de Energia Elétrica (IEE)

Desempenho em 2014: +13,21%.

As companhias elétricas têm dado alegria ao mercado nos últimos meses. Entre as empresas do IEE, Cemig, Cesp e Eletrobras são as que acumulam as maiores altas do ano, de 71%, 54% e 30%, respectivamente.

Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que o governo está negociando valor de 6,5 bilhões de reais para novo empréstimo para cobrir os gastos extras das distribuidoras com compra de eletricidade no mercado de curto prazo.

Índice Small Cap (SMLL)

Desempenho em 2014: -3,13%.

A MMX e a Oi são as companhias que mais perdem em 2014, com quedas de 63% e 59%, respectivamente. A mineradora controlada por Eike Batista continua no vermelho e encerrou o primeiro trimestre deste ano com um prejuízo líquido maior que o registrado um ano antes, além de uma geração de caixa negativa.

Já a Oi, enfrenta sérios problemas devido à polêmica fusão com a Portugal Telecom. Na semana passada, a agência de classificação de risco Moody's colocou os ratings da Oi, incluindo a nota global "Baa3", em revisão para possível rebaixamento, devido à possível perda pelo investimento feito pela parceira Portugal Telecom na dívida da Rioforte, empresa do grupo Espírito Santo.

Índice do Setor Industrial (INDX)

Desempenho em 2014: -4,30%.

No Índice do Setor Industrial , a Usiminas é uma das companhias que mais tropeçaram. No ano, a perda acumulada é de 44%. A empresa anunciou nesta semana que teve lucro líquido de 128,61 milhões de reais. Com isso, a Usiminas reverteu o prejuízo de 22,124 milhões de reais no mesmo período de 2013.

Em contrapartida, a Marfrig lidera as altas e traz certo equilíbrio ao índice, com ganhos de 64%. A companhia captou 850 milhões de dólares no mercado internacional em notas com prazo de cinco anos e taxa de juros fixa de 6,875% ao ano.

Índice de Materiais Básicos (IMAT)

Desempenho em 2014: -21,33%.

O pior setor da Bolsa é composto por empresas como Vale, Usiminas, MMX, Gerdau, CSN e Suzano. Além das fortes quedas de MMX e Usiminas já citadas anteriormente, os papéis da CSN acumulam perdas de 21% e também pressionam o índice. Num curto período, a companhia anunciou cinco programas de recompra de ações, os quais ajudaram a limitar o tombo das ações na Bovespa.

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