Operadores revertem as apostas de inflação com Selic
Há receios de que os esforços do governo para reativar a economia deixem o controle da inflação para segundo plano
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2012 às 10h28.
São Paulo/Brasília - Operadores do mercado de dívida que reduziram suas projeções de inflação para o menor nível histórico estão sofrendo com a brusca mudança de direção do mercado com receios de que os esforços do governo para reativar a economia deixem o controle da inflação para segundo plano.
As estimativas de inflação vêm subindo e chegaram ao nível recorde em dois meses, de 5,29 por cento, depois que o Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou os juros para o menor nível histórico, de acordo com a diferença de taxas entre os títulos atrelados à inflação com vencimento em 2015 e os prefixados de prazo semelhante. A taxa implícita de inflação encolheu para 4,8 pontos percentuais em 14 de junho, nível mais baixo desde que os papéis foram lançados, em 2010, segundo dados compilados pela Bloomberg.
O receio de que os preços ao consumidor disparem no segundo semestre aumenta depois que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 subiu para 5,24 por cento nos 12 meses até julho. O dado, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aumentou pela primeira vez em 10 meses. O governo brasileiro foi o que mais cortes promoveu em sua taxa básica de juros entre todos os integrantes do Grupo dos 20. As reduções têm como objetivo impulsionar o crescimento econômico e blindar o País dos efeitos da crise europeia.
“O mercado precificou uma inflação muito baixa sem considerar o risco de todos os estímulos fiscais e monetários que devem impactar a inflação em 2013”, disse Diego Donadio, estrategista do Banco BNP Paribas Brasil SA, em entrevista por telefone de São Paulo.
São Paulo/Brasília - Operadores do mercado de dívida que reduziram suas projeções de inflação para o menor nível histórico estão sofrendo com a brusca mudança de direção do mercado com receios de que os esforços do governo para reativar a economia deixem o controle da inflação para segundo plano.
As estimativas de inflação vêm subindo e chegaram ao nível recorde em dois meses, de 5,29 por cento, depois que o Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou os juros para o menor nível histórico, de acordo com a diferença de taxas entre os títulos atrelados à inflação com vencimento em 2015 e os prefixados de prazo semelhante. A taxa implícita de inflação encolheu para 4,8 pontos percentuais em 14 de junho, nível mais baixo desde que os papéis foram lançados, em 2010, segundo dados compilados pela Bloomberg.
O receio de que os preços ao consumidor disparem no segundo semestre aumenta depois que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 subiu para 5,24 por cento nos 12 meses até julho. O dado, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aumentou pela primeira vez em 10 meses. O governo brasileiro foi o que mais cortes promoveu em sua taxa básica de juros entre todos os integrantes do Grupo dos 20. As reduções têm como objetivo impulsionar o crescimento econômico e blindar o País dos efeitos da crise europeia.
“O mercado precificou uma inflação muito baixa sem considerar o risco de todos os estímulos fiscais e monetários que devem impactar a inflação em 2013”, disse Diego Donadio, estrategista do Banco BNP Paribas Brasil SA, em entrevista por telefone de São Paulo.