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O que 6 analistas pensam sobre a quebra de monopólio da BM&FBovespa

Mercado concorda na visão de que a Bovespa é cara, mas ainda não vê a concorrência no curto prazo

Ações da Bovespa caíram 5% na semana, enquanto o Ibovespa subiu 2% (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 12h26.

São Paulo - O estudo divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a possível concorrência no mercado financeiro não traz um cenário muito claro para o que pode acontecer com BM&FBovespa ( BVMF3 ), Cetip ( CTIP3 ) e as negociações para os investidores brasileiros. O documento, produzido pela consultoria Oxera (confira íntegra em português na segunda página) a pedido da CVM , apontou mudanças necessárias no ambiente regulatório e ressaltou que é caro operar no Brasil.

O que isso muda de fato para a BMFBovespa, porém, ainda não está claro e analistas divergem sobre as ações da empresa e suas perspectivas. As americanas BATS e Direct Edge já demonstraram o interesse em criar ambientes alternativos de negociações no país. “Há tempos (e o precedente global prova isso) que a concorrência premia os investidores e seus corretores com melhores produtos, menos custos e maior inovação", disse William O’Brien, CEO da Direct Edge.

Confira algumas opiniões:

1. Sombra e água fresca até 2014 - HSBC

Na visão do HSBC, nada muda por um tempo para a BM&FBovespa. “Acreditamos que a abordagem proposta sugere inexistência de concorrência até 2014, quando serão abertos os serviços de compensação e os preços de negociação devem ter uma queda drástica, considerando a magnitude e a estrutura do Brasil”, afirmou Paulo Ribeiro, analista do HSBC, em relatório para clientes.

O estudo produzido pela Oxera, sem grandes ‘insights’, fez com que o analista reiterasse a classificação de overweight (alocação acima da média do mercado) para as ações da BM&FBovespa, com um preço-alvo de 15 reais, um potencial de valorização de 44% sobre o fechamento das ações no pregão de ontem.

Se a concorrência realmente chegasse em 2014, a estimativa é que outras empresas poderiam conquistar 30% da negociação no mercado brasileiro até 2016. Mesmo assim, a bolsa ainda teria vantagem competitiva, abrindo um serviço de compensação e mantendo fluxo de receitas. “Em nosso cenário pessimista, atingimos um preço-alvo de 13 reais”, afirmou.

2. É caro negociar na Bovespa - Santander

Em relatório para clientes, Henrique Navarro, do Santander, resume. “O relatório da Oxera confirmou o que os participantes do mercado sempre suspeitaram: é caro negociar na BVMF e existem ganhos substanciais se houver concorrência no mercado”, afirmou. Para o analista, o documento traz pontos que sustentam a recomendação de ‘abaixo do mercado’ para as ações da BM&FBovespa. O preço-alvo para a ação é de 10 reais, abaixo do valor atual.

3. Questão de tempo – Ativa Corretora

Para a equipe de análise da Ativa Corretora liderada por Daniella Maia, o anúncio é negativo para a BM&FBovespa. “Apesar de parcialmente precificado, a notícia transparece a posição da autarquia a respeito da conjuntura atual, tornando mais claro que a entrada de novas bolsas e uma consequente redução de rentabilidade da companhia seria uma questão de tempo apenas”.

4. Mais ou menos bom - Credit Suisse

Para os analistas do Credit Suisse Victor Schabbel, Marcelo Telles, e Daniel Sasson, o relatório mostra que a competição tem efeito de neutro a positivo para o mercado. Para a BM&FBovespa, porém, a competição continua sendo uma ameaça.


“A BM&FBovespa deve continuar mostrando bons resultados no segundo trimestre, beneficiada pela volatilidade e volumes sólidos. O bom momento dos ganhos no curto prazo, porém, deve ser reduzido pelas preocupações sobre competição”, dizem os analistas em relatório. A recomendação para os papéis da bolsa é neutra, com preço-alvo de 13 reais.

5. Sem grandes mudanças próximas - Deutsche Bank

Os analistas do Deutsche Bank também analisaram a Oxera não pintou um cenário de grandes mudanças num horizonte próximo. Em relatório para clientes, os analistas Mario Pierry, Marcelo Cintra e Tito Labarta destacaram, contudo, quatro ‘pontos-chave’: a competição tende a ser positiva, os benefícios exatos ainda não são claros, negociar no Brasil não é barato e a falta de competição não traz prejuízos no curto e médio prazo.

“Ainda acreditamos que a competição no mercado brasileiro se tornará realidade nos próximos anos, mas a Bovespa deve continuar com seu monopólio em pós-negociações", concluem. Os analistas têm recomendação de compra para os papéis.

6. Ruim, mas não muito - Votorantim

Para Flavio Yoshida e Andre Parize, da Votorantim Corretora, o relatório da Oxera é ‘levemente negativo’ para a BM&FBovespa, já que reforça a ideia de que os investidores se beneficiarão com uma fragmentação do mercado. Como não há um risco no curto prazo, porém, os analistas mantiveram a recomendação de outperform (desempenho acima do mercado), com preço-alvo de 11,60 reais.

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São Paulo - O estudo divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a possível concorrência no mercado financeiro não traz um cenário muito claro para o que pode acontecer com BM&FBovespa ( BVMF3 ), Cetip ( CTIP3 ) e as negociações para os investidores brasileiros. O documento, produzido pela consultoria Oxera (confira íntegra em português na segunda página) a pedido da CVM , apontou mudanças necessárias no ambiente regulatório e ressaltou que é caro operar no Brasil.

O que isso muda de fato para a BMFBovespa, porém, ainda não está claro e analistas divergem sobre as ações da empresa e suas perspectivas. As americanas BATS e Direct Edge já demonstraram o interesse em criar ambientes alternativos de negociações no país. “Há tempos (e o precedente global prova isso) que a concorrência premia os investidores e seus corretores com melhores produtos, menos custos e maior inovação", disse William O’Brien, CEO da Direct Edge.

Confira algumas opiniões:

1. Sombra e água fresca até 2014 - HSBC

Na visão do HSBC, nada muda por um tempo para a BM&FBovespa. “Acreditamos que a abordagem proposta sugere inexistência de concorrência até 2014, quando serão abertos os serviços de compensação e os preços de negociação devem ter uma queda drástica, considerando a magnitude e a estrutura do Brasil”, afirmou Paulo Ribeiro, analista do HSBC, em relatório para clientes.

O estudo produzido pela Oxera, sem grandes ‘insights’, fez com que o analista reiterasse a classificação de overweight (alocação acima da média do mercado) para as ações da BM&FBovespa, com um preço-alvo de 15 reais, um potencial de valorização de 44% sobre o fechamento das ações no pregão de ontem.

Se a concorrência realmente chegasse em 2014, a estimativa é que outras empresas poderiam conquistar 30% da negociação no mercado brasileiro até 2016. Mesmo assim, a bolsa ainda teria vantagem competitiva, abrindo um serviço de compensação e mantendo fluxo de receitas. “Em nosso cenário pessimista, atingimos um preço-alvo de 13 reais”, afirmou.

2. É caro negociar na Bovespa - Santander

Em relatório para clientes, Henrique Navarro, do Santander, resume. “O relatório da Oxera confirmou o que os participantes do mercado sempre suspeitaram: é caro negociar na BVMF e existem ganhos substanciais se houver concorrência no mercado”, afirmou. Para o analista, o documento traz pontos que sustentam a recomendação de ‘abaixo do mercado’ para as ações da BM&FBovespa. O preço-alvo para a ação é de 10 reais, abaixo do valor atual.

3. Questão de tempo – Ativa Corretora

Para a equipe de análise da Ativa Corretora liderada por Daniella Maia, o anúncio é negativo para a BM&FBovespa. “Apesar de parcialmente precificado, a notícia transparece a posição da autarquia a respeito da conjuntura atual, tornando mais claro que a entrada de novas bolsas e uma consequente redução de rentabilidade da companhia seria uma questão de tempo apenas”.

4. Mais ou menos bom - Credit Suisse

Para os analistas do Credit Suisse Victor Schabbel, Marcelo Telles, e Daniel Sasson, o relatório mostra que a competição tem efeito de neutro a positivo para o mercado. Para a BM&FBovespa, porém, a competição continua sendo uma ameaça.


“A BM&FBovespa deve continuar mostrando bons resultados no segundo trimestre, beneficiada pela volatilidade e volumes sólidos. O bom momento dos ganhos no curto prazo, porém, deve ser reduzido pelas preocupações sobre competição”, dizem os analistas em relatório. A recomendação para os papéis da bolsa é neutra, com preço-alvo de 13 reais.

5. Sem grandes mudanças próximas - Deutsche Bank

Os analistas do Deutsche Bank também analisaram a Oxera não pintou um cenário de grandes mudanças num horizonte próximo. Em relatório para clientes, os analistas Mario Pierry, Marcelo Cintra e Tito Labarta destacaram, contudo, quatro ‘pontos-chave’: a competição tende a ser positiva, os benefícios exatos ainda não são claros, negociar no Brasil não é barato e a falta de competição não traz prejuízos no curto e médio prazo.

“Ainda acreditamos que a competição no mercado brasileiro se tornará realidade nos próximos anos, mas a Bovespa deve continuar com seu monopólio em pós-negociações", concluem. Os analistas têm recomendação de compra para os papéis.

6. Ruim, mas não muito - Votorantim

Para Flavio Yoshida e Andre Parize, da Votorantim Corretora, o relatório da Oxera é ‘levemente negativo’ para a BM&FBovespa, já que reforça a ideia de que os investidores se beneficiarão com uma fragmentação do mercado. Como não há um risco no curto prazo, porém, os analistas mantiveram a recomendação de outperform (desempenho acima do mercado), com preço-alvo de 11,60 reais.

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