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O peso do Brexit nos balanços

A temporada de balanços começou nos Estados Unidos e uma palavra domina os relatórios e as apresentações: Brexit. Cerca de metade das companhias que fazem parte do índice S&P 500 e que apresentaram seus relatórios até agora citaram o desembarque britânico da União Europeia. Como esperado, a maioria das citações é negativa. Enquanto os impactos […]

BOLSA DE NOVA YORK: os relatórios de contabilidade das empresas já não cumprem sua função a contento. Os relatórios são praticamente os mesmos há 110 anos / Spencer Platt/ Getty Images
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2016 às 06h21.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.

A temporada de balanços começou nos Estados Unidos e uma palavra domina os relatórios e as apresentações: Brexit. Cerca de metade das companhias que fazem parte do índice S&P 500 e que apresentaram seus relatórios até agora citaram o desembarque britânico da União Europeia. Como esperado, a maioria das citações é negativa.

Enquanto os impactos de longo prazo ainda precisam ser mensurados, o principal problema atual, especialmente para as multinacionais, é a queda da libra, que valia 1,50 dólar no dia anterior à votação e hoje vale 1,33. O dólar valorizado já era apontado como problema para 70% das multinacionais no final do primeiro trimestre e o Brexit reforçou isso.

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Uma exceção são os bancos, que tendem a ganhar com o aumento da volatilidade e com a atração de capital em fuga da Europa. É um alívio, porque a vida andava difícil. O Citi apresenta resultados hoje e deve ter um trimestre em baixa pela terceira vez consecutiva. Mas, assim como os concorrentes, deve apontar novos caminhos graças à mudança de perspectiva na Europa.

No JP Morgan, que mostrou seu relatório financeiro ontem, o setor de renda fixa teve receitas 35% maiores que no trimestre anterior como reflexo da atração de novos investidores.

No Brasil, a temporada de balanços começa semana que vem, e os impactos do desembarque devem ser tímidos. A fabricante de alimentos JBS deve ser uma das poucas companhias afetadas. Ano passado, a empresa comprou da Marfrig a Moy Park, uma das maiores produtoras de aves e processados no Reino Unido. O plano era expandir-se para outros países da Europa, como França, Espanha e Itália.

“A JBS deve ser afetada negativamente, se não agora, em um futuro próximo”, diz Paulo Figueiredo, diretor de Operações da FN Capital. A empresa avisou recentemente que vai se posicionar em breve sobre o assunto e apresentar seu próximo balanço em agosto. Os investidores aguardam ansiosamente.

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