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Novo Nordisk tem lucro mais baixo no trimestre, mas vendas do Wegovy crescem 55%

Medicamento para perda de peso foi aprovado recentemente para ser vendido na China

Novo Nordisk enfrenta concorrência cada vez mais no setor de remédios para perda de peso (Michael Siluk/Getty Images)

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 10h17.

A Novo Nordisk divulgou nesta quarta-feira um lucro líquido mais fraco do que o esperado no segundo trimestre e reduziu sua perspectiva de lucro operacional.

A gigante farmacêutica disse que seu lucro líquido chegou a 20,05 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 2,93 bilhões) no segundo trimestre junho. Uma previsão agregada da LSEG projetou que o valor chegaria a 20,9 bilhões de coroas dinamarquesas, de acordo com a CNBC.

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O EBITDA — lucro antes de juros e impostos — chegou a 25,93 bilhões de coroas dinamarquesas no segundo trimestre, o que também ficou abaixo da previsão da LSEG de 26,86 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 3,9 bilhões).

A Novo Nordisk também reduziu sua perspectiva de lucro operacional para o ano, dizendo que o crescimento agora estava previsto para ficar entre 20% e 28%, em vez da faixa esperada anteriormente de 22% a 30%.

As ações da farmacêutica chegaram a cair perto de 7% durante o pregão.

Vendas do Wegovy

No primeiro trimestre de 2024, a fabricante do Wegovy registrou um aumento de lucro líquido de 28%, para 25,4 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 3,72 bilhões) ano a ano, aumentando ligeiramente suas previsões de crescimento de vendas e lucro operacional.

As vendas do medicamento para perda de peso aumentaram 55% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período em 2023, chegando a 11,66 bilhões de coroas (US$ 1,7 bilhão).

O CEO da Novo Nordisk, Lars Fruergaard Jørgensen, disse na quarta-feira que a empresa esperava um “crescimento atraente” nos próximos meses.

Concorrência

A Novo Nordisk está enfrentando uma concorrência cada vez maior no espaço dos remédios para perda de peso, tanto de empresas menores quanto de gigantes farmacêuticas como a Roche, que no mês passado compartilhou dados promissores de testes iniciais de seu próprio candidato a medicamento para obesidade.

Jørgensen disse que os dados iniciais dos testes podem atrair atenção, mas não impactariam os negócios da Novo Nordisk no curto prazo. Apontando para o pipeline de produtos da Novo Nordisk, o CEO disse que ainda estava "muito confiante" de que a empresa poderia "sustentar a competitividade a longo prazo".

O Wegovy também teve notícias promissoras nos últimos meses. O medicamento foi aprovado na China no segundo trimestre, conseguindo entrar na segunda maior economia do mundo.

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