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Nota dos EUA tem 33% de chance de novo rebaixamento, diz S&P

Agência considera que a falta de um acordo político sobre a questão fiscal impede que o país recupere a nota 'AAA' no curto prazo

A Standard & Poor's ameaça diminuir ainda mais a nota americana (AFP/Stan Honda)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 11h41.

Nova York - A agência de qualificação Standard & Poor's afirmou nesta segunda-feira que há 33% de chances de nos próximos seis a 24 meses voltar a rebaixar a máxima nota dos Estados Unidos, após tê-la reduzido de "AAA" para "AA" na sexta-feira.

"Se houvesse maior consenso entre os partidos políticos dos Estados Unidos sobre a política fiscal ou sobre um pacote de estabilização fiscal, isto faria com que o país recuperasse o triplo A, mas não vemos esse cenário como provável no horizonte imediato", disse nesta segunda-feira o diretor-geral de S&P, John Chambers, durante uma conferência.

Chambers ofereceu nesta segunda-feira uma teleconferência junto ao chefe global da agência de qualificação, David Beers, para argumentar o rebaixamento da nota da maior potência do mundo, uma decisão que foi duramente criticada pelo Governo americano e polarizou ainda mais os dois principais partidos do país.

A tensão política que levou o Congresso a rejeitar um aumento do endividamento público até o dia em que o Departamento de Trabalho anunciou que não ia poder enfrentar suas obrigações, na segunda-feira passada, é um dos principais motivos pelos quais a agência decidiu reduzir a nota do país.

"Nossas análises para qualificar a dívida soberana de um país levam em conta tanto os riscos políticos quanto os econômicos, fiscais e externos", disse Chambers.

"O centro de nossa atenção para este rebaixamento foi o âmbito político, já que todo o debate sobre o aumento do teto de dívida no país deixou clara a falta de acordo entre republicanos e democratas em relação à política fiscal", disse o especialista.

Chambers, que já tinha advertido durante uma entrevista à emissora "Fox" no domingo que a S&P pode voltar a diminuir a qualificação dos EUA, disse agora que a probabilidade de isso ocorrer entre os próximos seis a 24 meses é de uma entre três.

Por outro lado, os diretores da agência de qualificação não quiseram arriscar quanto tempo pode demorar para o país voltar a recuperar a qualificação "AAA", que indica máxima solvência.

As outras duas principais agências de medição de risco, Moody's e Fitch, decidiram na semana passada manter a máxima qualificação da dívida americana, embora a Moody's tenha colocado a nota dos Estados Unidos em "perspectiva negativa".

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Nova York - A agência de qualificação Standard & Poor's afirmou nesta segunda-feira que há 33% de chances de nos próximos seis a 24 meses voltar a rebaixar a máxima nota dos Estados Unidos, após tê-la reduzido de "AAA" para "AA" na sexta-feira.

"Se houvesse maior consenso entre os partidos políticos dos Estados Unidos sobre a política fiscal ou sobre um pacote de estabilização fiscal, isto faria com que o país recuperasse o triplo A, mas não vemos esse cenário como provável no horizonte imediato", disse nesta segunda-feira o diretor-geral de S&P, John Chambers, durante uma conferência.

Chambers ofereceu nesta segunda-feira uma teleconferência junto ao chefe global da agência de qualificação, David Beers, para argumentar o rebaixamento da nota da maior potência do mundo, uma decisão que foi duramente criticada pelo Governo americano e polarizou ainda mais os dois principais partidos do país.

A tensão política que levou o Congresso a rejeitar um aumento do endividamento público até o dia em que o Departamento de Trabalho anunciou que não ia poder enfrentar suas obrigações, na segunda-feira passada, é um dos principais motivos pelos quais a agência decidiu reduzir a nota do país.

"Nossas análises para qualificar a dívida soberana de um país levam em conta tanto os riscos políticos quanto os econômicos, fiscais e externos", disse Chambers.

"O centro de nossa atenção para este rebaixamento foi o âmbito político, já que todo o debate sobre o aumento do teto de dívida no país deixou clara a falta de acordo entre republicanos e democratas em relação à política fiscal", disse o especialista.

Chambers, que já tinha advertido durante uma entrevista à emissora "Fox" no domingo que a S&P pode voltar a diminuir a qualificação dos EUA, disse agora que a probabilidade de isso ocorrer entre os próximos seis a 24 meses é de uma entre três.

Por outro lado, os diretores da agência de qualificação não quiseram arriscar quanto tempo pode demorar para o país voltar a recuperar a qualificação "AAA", que indica máxima solvência.

As outras duas principais agências de medição de risco, Moody's e Fitch, decidiram na semana passada manter a máxima qualificação da dívida americana, embora a Moody's tenha colocado a nota dos Estados Unidos em "perspectiva negativa".

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