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No Radar: Vale, Petrobras, Copom, 2ª onda e o que mais move o mercado

Temor sobre efeitos da segunda onda de coronavírus cresce no mercado, com possibilidade de França decretar lockdown de um mês

Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras, na Baia do Guanabara | Foto: Dado Galdieri/ Bloomberg (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 28 de outubro de 2020 às 06h50.

Última atualização em 28 de outubro de 2020 às 11h09.

O pessimismo sobre o avanço da segunda onda de coronavírus na Europa e suas implicações econômicas voltam a ditar o ritmo das bolsas internais nesta quarta-feira, 28. O sentimento negativo, que já vinha tomando as negociações desde o início da semana, ganhou ainda mais força no mercado com a informação do canal de BFM TV de que o governo francês planeja decretar um lockdown nacional de  um mês para conter o alastramento da doença. No continente, o índice pan-europeu Stoxx recuava mais de 2% nesta manhã, enquanto o índice CAC, da França, tinha as maiores perdas da Europa, caindo cerca de 2,5%. Já no Brasil, o dia será de agenda recheada, com a divulgação de alguns dos mais importantes balanços corporativos da temporada de resultados e com decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) no fim do dia.

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Vale

Com a ação individual com o maior peso do Ibovespa, a mineradora Vale irá divulgar o resultado trimestral após o encerramento do pregão desta quarta. Impulsionado pelo preço elevado do minério de ferro e pelas exportações para a China, o mercado espera que a Vale apresente um forte crescimento de 44% em sua receita e incremento de 337% no lucro.

Petrobras

A Petrobras será a outra gigante a apresentar o resultado do terceiro trimestre após o encerramento do pregão. No trimestre, ela ainda teve que lidar com preços estressados do barril de petróleo, mas superiores aos do trimestre anterior, quando a commodity tocou os menores patamares do ano. Em sua prévia operacional, a companhia reportou aumento da produção e recorde de exportação de petróleo em setembro.

Bradesco

Com divulgação de balanço também prevista para esta noite, o Bradesco será o segundo dos grandes bancos a apresentar resultado. Na véspera, o Santander registrou alta de mais de 80% do lucro. Mas embora o resultado tenha sido considerado positivo por parte do mercado, as ações do setor foram uma das que mais sofreram no pregão de terça.

Grupo Pão de Açúcar

Com balanço prevista para ser divulgado após o pregão, o GPA será a primeira empresa do setor de varejo a apresentar resultados do terceiro trimestre. A expectativa é que o grupo de supermercados continue se beneficiando do maior consumo de alimentos em casa e que apresente forte crescimento de seu canal de vendas online, que já aumentado mais de 200% no segundo trimestre. Na terça, seu concorrente Ca rrefour apresentou alta de 27% nas vendas, em prévia operacional.

Localiza

Já as ações da Localiza, que fecharam entre as maiores altas do último pregão, devem refletir, nesta quarta, o resultado do balanço divulgado na noite de terça. No terceiro trimestre, o lucro líquido da companhia cresceu 59% para 325,5 milhões de reais, enquanto sua receita líquida ficou 3,067 bilhões de reais, 18,8% a registrada no mesmo período de 2019.

Telefônica

Quem também divulgou resultado na véspera foi Telefônica, que apesentou receita líquida de 10,792 bilhões de reais (alta de 2,3% na comparação anual) e lucro líquido de 1,212 bilhão de reais, 25,5% maior que o do terceiro trimestre de 2019. Ainda que melhor que o do ano passado, o resultado ficou em linha com o esperado.

Copom

Ainda que sejam praticamente unânimes as apostas de que o Copom irá manter a taxa básica de juros Selic em 2% ao ano, o mercado deve se atentar ao comunicado, em busca de sinais sobre as próximas decisões. Com os dados de inflação superando as expectativas, há alguma esperança de que o Copom deixe a porta aberta para a elevação os juros.

-(EXAME Research/Exame)

Outros balanços

Gerdau, Gerdau Metalúrgica, EDP, Tupy, OdontoPrev e Multiplan também irão divulgar resultados do terceiro trimestre nesta quarta.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa caiu 1,4% e encerrou em 99.605,54 pontos, perdendo a casa dos 100.000. O dólar subiu 1,25% e fechou sendo negociado a 5,682 reais na venda.

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