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No radar: vacina na Inglaterra, guerra comercial e o que move o mercado

Principais índices internacionais recuam, mesmo após Reino Unido autorizar vacina da Pfizer

(Siphiwe Sibeko/Reuters)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 06h59.

Última atualização em 2 de dezembro de 2020 às 09h17.

O Reino Unidos autorizou o uso da vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech e deverá ser o primeiro país do Ocidente a iniciar a vacinação em massa, já na próxima semana. Até então, somente a Rússia começou a vacinar sua população.

Apesar da notícia positiva, os efeitos no mercado têm sido limitados, e, na manhã desta quarta-feira, 2, caem tanto as bolsas europeias quanto os índices futuros americanos, que voltaram a níveis recordes no último pregão, com o S&P 500 e o Nasdaq encerrando em suas maiores pontuações da história. Nem mesmo os investidores britânicos se mostraram tão animados, com o principal índice da bolsa de Londres subindo apenas 0,10%.

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Em partes, esse tom de cautela se deve aos empecilhos nas negociações do pós-Brexit. De acordo com a Bloomberg, o responsável da União Europeia pelas negociações do Brexit, Michel Barnier disse nesta quarta, em reunião fechada, que um acordo pode não sair.

Notícias dos Estados Unidos tampouco contribuem para o bom humor no mercado. A um colunista do New York Times, o presidente eleito Joe Biden disse que não pretende tirar as tarifas impostas por Donald Trump sobre os produtos importados da China, sugerindo que o embate comercial entre as duas maiores potências pode continuar nos próximos anos. “Vamos lutar como um inferno por investimentos primeiro na América”, disse ao colunista.

Dados econômicos

Além da movimentação política agitada, os investidores também devem se atentar a importantes dados econômicos que serão divulgados nesta quarta. Nos Estados Unidos, o principal indicador será a variação de empregos privados medida pelo Instituto ADP. O dado é conhecido por ser uma “prévia” do relatório oficial de empregos não-agrícolas, o payroll. Considerado dado econômico mais importante pelo mercado financeiro, o payroll será divulgado nesta sexta-feira, 4.

No Brasil, o IBGE irá apresentar a evolução da produção industrial de outubro. A expectativa do mercado é de alta mensal de 1,4%, confirmando o sexto mês consecutivo de recuperação do setor. A velocidade da retomada, contudo, vem perdendo força, tendo em vista que, em julho, o crescimento foi de 8% e, de 2,6%, em setembro.

Os investidores também aguardam pelo pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que irá discursar no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA. A expectativa é de que ele mantenha o discurso de cautela, que vem sendo repetido de forma recorrente. Já n período da tarde, o Fed irá apresentar seu Livro Bege, que contém informações sobre como o principal banco central do mundo está analisando o cenário econômico.

NotreDame

A NotreDame Intermédica teve sua oferta subsequente de ações (follow-on, em inglês) precificada a 69,50 reais por ação - representando um desconto de pouco menos de 1% em relação à cotação de fechamento do último pregão- resultando em um montante de 3,75 bilhões de reais. A oferta foi feita por meio da venda de participação do fundo Alkes II na companhia.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa subiu 2,3% e encerrou em 111.399,91 pontos, renovando a maior pontuação para um fechamento desde fevereiro. O dólar caiu 2,2% e fechou sendo vendido a 5,228 reais

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