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No radar: PMI, reforma tributária e o que mais move o mercado

Bolsas internacionais iniciam maio em alta, com otimismo sobre retomada econômica

Berlim: varejo alemão cresce 11% em março (Krisztian Bocsi/Bloomberg)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de maio de 2021 às 06h57.

Última atualização em 3 de maio de 2021 às 07h26.

Após alcançarem ganhos significativos no último mês, o mercado financeiro internacional sinaliza um início de maio positivo, com as principais bolsas do Ocidente subindo nesta segunda-feira, 3.

Nesta manhã, o índice Stoxx 50 avançava cerca de 0,3%, enquanto o americano Dow Jones subia 0,5% no mercado de futuros, com investidores atentos aos balanços corporativos do primeiro trimestre e indicadores sobre a recuperação da economia global. Já na Ásia, as bolsas da China e do Japão se mantiveram fechadas devido a feriados nacionais.

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Economia reage

Divulgadas ainda de madrugada, as vendas do varejo alemão de março tiveram crescimento de 11% na comparação anual. O dado, muito acima das expectativas de contração de 0,3%, gera algum otimismo sobre a recuperação da maior economia da Europa. Afetado pela terceira onda de coronavírus, o país teve queda de 3,3% do PIB no primeiro trimestre, segundo dados da última semana.

Apesar da grande surpresa com o varejo alemão, índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) industriais saíram abaixo do esperado no Velho Continente, ainda que sinalizando alguma recuperação em abril.

Na Zona do Euro, o PMI industrial ficou em 62,9 pontos, acima dos 50 pontos que limitam a expansão da retração da atividade, mas abaixo dos 63,3 pontos esperados. Na Alemanha, o PMI industrial ficou em 66,2 pontos e na França , em 58,9 pontos. Em ambos os países, o indicador ficou cerca de 0,3 ponto percentual abaixo das estimativas.

Ainda nesta manhã, serão divulgados os PMIs da indústria brasileira e da americana. No Brasil, também sairá a balança comercial de abril, para a qual é esperada um saldo positivo de 11,4 bilhões de dólares.

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Reforma tributária

Além dos dados econômicos, o mercado brasileiro estará atento aos desdobramentos da reforma tributária , que deve ser apresentada hoje na Câmara.

A expectativa é que o projeto seja fatiado em quatro partes, com a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), substituto do PIS/Cofins, sendo a primeira a ser discutida pelos parlamentares.

Para o presidente da Câmara, Arthur Lira, o fatiamento é a melhor forma do projeto ser aprovado. Um dos temas mais polêmicos da reforma, que recria a CPMF, foi deixado para a última das quatro partes.

Balanços

Neste pregão, investidores devem repercutir os resultados do BB Seguridade (BBSE3) e da Porto Seguro (PSSA3), que apresentam seus balanços pela manhã. Mas será após o encerramento dos negócios que a agenda de balanços irá esquentar, com mais sete companhias divulgando seus números, sendo o resultado do Itaú (ITUB4) o mais esperado. Os outros balanços serão da Alpargatas (ALPA4), JSL (JSLG3), Localiza (RENT3), Marcopolo (POMO4), PetroRio (PRIO3) e Tegma (TGMA3).

PetroRecôncavo

A PetroRecôncavo deve precificar sua oferta pública inicial ( IPO , na sigla em inglês) nesta segunda. Com potencial de levantar mais de 1 bilhão de reais, a empresa definiu a faixa indicativa entre 15,50 e 19,50 reais. Com o lote suplementar, a oferta pode superar 1,5 bilhão de reais.

De acordo com o prospecto da oferta, a empresa deve utilizar o dinheiro para pagar ativos já adquiridos da Petrobras. Entre eles estão o Polo Remanso e o Polo Riacho da Forquilha. O que sobrar do dinheiro levantado com o IPO deve ser usado para novas aquisições e fortalecimento de caixa.

Jerome Powell

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell irá discursar por volta das 15h20 em evento organizado pelaCoalizão Nacional da Comunidade de Reinvestimento (NCRC, na sigla em inglês). Ainda que o mercado não espere algo muito diferente do que foi dito na última quarta-feira, 29, qualquer surpresa por parte de Powell tem potencial de balançar os mercados para cima ou para baixo. Na semana passada, Powell reforçou os compromissos de estímulos, apesar da forte recuperação econômica dos Estados Unidos.

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