No radar: IBC-Br, estímulos, covid e o que mais move o mercado nesta sexta
Democratas retomam apelo por novos estímulos para mitigar impacto do coronavírus; EUA registra mais de 160.000 casos pela primeira vez
Guilherme Guilherme
Publicado em 13 de novembro de 2020 às 07h02.
Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 09h06.
Depois de iniciarem a semana em meio à euforia sobre avanços de uma vacina contra o coronavírus, as bolsas caminham para fechá-la sendo ditada por velhos fatores: segunda onda de coronavírus e esperanças por novos pacotes de estímulos nos Estados Unidos .
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No mercado internacional, as bolsas da Europa tentam se firmar no campo positivo, depois de passarem a madrugada dando continuidade ao movimento de queda pressionado pelos novos casos de coronavírus. Apesar de duras medidas de restrição adotadas no Reino Unido, o número de infecções diárias voltou a bater recorde, assim como nos Estados Unidos, que pela primeira vez registrou 160.000 casos na quinta-feira, 9. Até oito dias atrás a quantidade nunca havia passado de 100.000 em um único dia.
Embora o número de casos de coronavírus cresça como nunca no país, o mercado americano ensaia um dia positivo, com seus principais índices futuros em alta de cerca de 1% na manhã desta sexta-feira, 13. Isso porque parlamentares democratas retomaram os esforços para buscar novos estímulos econômicos.
Na quinta-feira, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi e o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, usaram a vitória de Joe Biden e os níveis recordes de infecções como justificativa para um pacote muito maior do que os republicanos haviam sugerido.
Do lado republicano, o presidente Donald Trump transferiu para o líder da maioria do Senado Mitch Mcconnell a responsabilidade de negociar o pacote de estímulos, de acordo com a Bloomberg. Anteriormente, o secretário do Tesouro Steven Mnuchin era quem tocava o assunto.
Embora ambos os partidos tenham interesse em aprovar um novo pacote de estímulo, ainda há divergências sobre o tamanho e para onde o dinheiro será direcionado.
IBC-Br
Sem grandes indicadores econômicos internacionais, as atenções do mercado local devem ficar com o IBC-Br de setembro, também conhecido como “prévia do PIB” brasileiro. Medido pelo Banco Central, o índice de atividade econômica deve apontar para uma alta mensal de 1%, segundo as previsões medianas do mercado. No último mês, o crescimento mensal ficou em 1,06%.
Balanços
Além de fatores macroeconômicos, a agenda de balanços continua recheada e deve seguir dando o tom nesta sexta. Na véspera, divulgaram resultado após o encerramento do pregão Alliar (AALR3), Arezzo (ARZZ3), B3 (B3SA3), Banco Inter (BIDI11), Biosev (BSEV3), BR Malls (BRML3), Copel (CPLE6), C&A (CEAB3) Cyrela (CYRE3), Eneva (ENEV3), Energisa (ENGI11), Even (EVEN3), EZTec (EZTC3) Hapvida , (HAPV3), Natura (NTCO3), Oi (OIBR3), Randon (RAPT4), Sul America (SULA11), Sabesp (SBSP3). Confira o resumo dos balanços aqui.
Ainda nesta manhã, Sanepar (SAPR4), Cogna (COGN3), Equatorial (EQTL3), Restoque (LLIS3) e Ser Educacional (SEER3) irão apresentar resultados o terceiro trimestre. Os balanços de Cosan (CSAN3) e Cemig (CMIG4) ficarão para esta noite.
Retrospectiva
No último pregão, o Ibovespa caiu 2,2% e encerrou em 102.507,01 pontos, em seu segundo dia de queda consecutivo. O dólar subiu 1,14% e fechou sendo vendido a 5,478 reais.
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