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No radar: Biden revela estímulo, vendas no varejo e o que mais move o mercado

Bolsas iniciam dia com leves perdas em meio à dúvidas sobre aprovação de pacote trilionário

Joe Biden: presidente democrata prevê estímulos de 1,9 trilhão de dólares (Bill Ingalls/NASA / Handout/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 15 de janeiro de 2021 às 07h02.

Última atualização em 15 de janeiro de 2021 às 07h32.

US$ 1,9 trilhão em estímulos

Bastante aguardado desde a última semana, o plano do presidente Joe Biden para a recuperação da maior economia do mundo foi revelado. Da ordem de 1,9 trilhão de dólares, o pacote deve ter diversas destinações, entre elas o aumento dos pagamentos diretos a famílias e desempregados, fundos locais e estaduais, auxílios para reaberturas de escolas e elevação do salário mínimo para 15 dólares por hora.

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Apesar do estímulo robusto previsto pelo presidente democrata, o mercado reagiu com cautela. Para parte dos investidores, o projeto deve sofrer oposição de líderes republicanos, que já sinalizaram ser contra algumas medidas. A maioria democrata na Câmara e a ligeira vantagem do partido no Senado (após conseguir as duas vagas da Geórgia), no entanto, aumentam as chances de o pacote ser aprovado.

No mercado americano, os índices futuros apresentam leves perdas na manhã desta sexta-feira, 15, enquanto, na Europa, o tom também é majoritariamente positivo, ainda que algumas bolsas apresentem leves ganhos.

Vendas no Varejo

Na agenda do dia, o principal indicador econômico será o de vendas no varejo, que será divulgado nos Estados Unidos e no Brasil. Referente a dezembro, economistas projetam uma leve queda mensal de 0,2% no mercado americano. Se confirmada a previsão, será o segundo mês consecutivo de perdas, após a forte recuperação - puxada por estímulos - iniciada em maio. Em novembro, a queda mensal foi de 1,1%. O enfraquecimento das vendas coincide com a redução dos auxílios diretos no país.

No Brasil, os dados de vendas do varejo serão referentes a novembro, para quando é esperado um aumento mensal de 0,4% e anual de 4,9%.

Balanços nos EUA

A temporada de balanços do quarto trimestre começa a ganhar forma nos Estados Unidos. Depois do resultado da Black Rock ter surpreendido positivamente no início da semana, será a vez de alguns dos maiores bancos de investimentos do país apresentarem os resultados do último quarto de 2020 nesta sexta. Na lista estão JPMorgan, Citi e Wells Fargo. A expectativa é de que o JP Morgan apresente lucro líquido por ação de 2,56 dólares, enquanto o do Citi e do Wells Fargo fique em 1,3 dólar por ação e 0,58 dólar por ação.

Para o último trimestre do ano, investidores esperam que instituições financeiras ligadas a investimentos e estruturação fusões e aquisições se saiam melhor do que aqueles ligados ao consumo, com maior participação de empréstimos a indivíduos, por exemplo. Isso deve beneficiar, principalmente, os resultados do JPMorgan e do Citi, para os quais são esperados sólidos resultados tanto na parte de trading quanto na de investment banking.

Taiwan Semiconductor

Quem já divulgou o resultado mais cedo foi o Taiwan Semiconductor. Uma das maiores empresas do mundo, com quase 600 bilhões de dólares de valor de mercado, a fabricante de semicondutores surpreendeu ao apresentar lucro líquido por ação de 0,97 dólar ante estimativas de 0,937 dólar. A receita líquida, porém, decepcionou, ficando cerca de 200 milhões de dólares abaixo da esperada, em 12,68 bilhões de dólares. Após a divulgação do resultado, as ações dispararem quase 6% na Bolsa de Nova York (NYSE, na sigla em inglês).

Balanços por vir

De forma geral, os primeiros resultados americanos do quarto trimestre têm surpreendido positivamente. No entanto, a temporada de balanços irá aquecer, de fato, somente na próxima semana, para quando estão previstos os resultados de Netflix, BofA, Goldman Sachs, Charles Schwab, Logitech, P&G, Bank of NY Mellon, Intel, IBM, Kimberly-Clark e uma série de outras empresas.

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