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Netflix decepciona em resultado do 2º trimestre e despenca na Nasdaq

Lucro da companhia cresce 166%, mas desagrada investidores, que esperavam mais

Série La Casa de Papel, da Netflix. (Netflix/Divulgação)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de julho de 2020 às 11h47.

Última atualização em 17 de julho de 2020 às 19h33.

As ações da Netflix abrirem em forte queda no pregão desta sexta-feira, mesmo após a companhia apresentar lucro de 720 milhões de dólares no segundo trimestre – o que representa um crescimento anual de 166%. Mas o mercado esperava mais.

Uma das mais beneficiadas pela pandemia que levou as pessoas a se refugiarem em suas casas, as ações da Netflix chegaram, no fim da semana passada, a acumular alta de 70% no ano. Parte da valorização precificava um lucro por ação de 1,82 dólar, mas ficou em apenas 1,59 dólar.

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Com as expectativas frustradas, o movimento de “correção” veio forte e os papéis da companhia fecharam em queda de 6,52% na Nasdaq, após tocar 8,17% de desvalorização na mínima desta sexta-feira, 17.

A empresa também informou que no segundo trimestre, ganhou cerca de 10 milhões de novas assinaturas no mundo, estendendo sua base de clientes em 5,5% para 192,9 milhões. Em termos proporcionais, o maior incremento se deu na região da Ásia e Oceania, onde aumentou a quantidade de assinaturas em 13,4%. Porém, a região. Nos Estados Unidos e Canadá, onde está concentrada a maior quantidade de assinantes, a base de cliente aumentou em 4,2% para 72,9 milhões.

Mas embora continue aumentando a base de novos clientes, a companhia alertou em carta aos acionistas que, passado o choque inicial do coronavírus e das medidas de restrições, o ritmo de crescimento pode diminuir no terceiro e quarto trimestre. “Esperamos que nossas adições líquidas caiam no segundo semestre, à medida que nosso forte desempenho do primeiro semestre adiantou parte da demanda.”

No longo prazo, a companhia espera continuar sendo beneficiada pelo maior acesso a redes de internet no mundo e em sua utilidade como forma de entretenimento. “Acreditamos que isso ainda nos dê anos de forte crescimento pela frente”, escreveram em carta aos acionistas.

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