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Na tentativa de reforçar caixa, Via lança oferta de ações de R$ 981 milhões

Companhia vai colocar no mercado pouco mais de 778 milhões de novas ações

Via: companhia quer levantar recursos para melhor estrutura de capital (Germano Lüders/Exame)
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 5 de setembro de 2023 às 10h04.

Última atualização em 5 de setembro de 2023 às 10h06.

Dona da Casas Bahia e da Ponto, a Via (VIIA3) anunciou nesta terça-feira, 05, que irá realizar a oferta de ações que estava planejando. Considerando o valor de fechamento da ação na segunda-feira, de R$ 1,26, a operação deve movimentar pouco mais de R$ 981 milhões, abaixo do R$ 1,25 bilhão previsto anteriormente pela companhia.

A varejista vai colocar no mercado 778.649.283 ações. Adicionalmente, serão atribuídos como vantagem adicional e entregues aos subscritores das ações, 4 bônus de subscrição para cada 5 ações subscritas na oferta. De acordo com a empresa, os acionistas de referência Goldentree, Michael Klein, Twinsf manifestaram a intenção de exercer os respectivos direitos de prioridade.

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Os três acionistas, juntos, representam17,84% do capital da Via. Os demais acionistas também terão direito de preferência, guardadas as respectivas participações no negócio.

A oferta foi aprovada em reunião do conselho, mas a companhia também deve realizar no próximo dia 12 uma assembleia geral extraordinária com os acionistas para aprovar a inclusão no estatuto de um aumento no capital social de R$ 3 bilhões, o que representaria uma diluição de 87,7% da base acionária atual. No último mês, a ação da empresa se desvalorizou mais de 32%.

A assembleia aconteceria na últiam sexta-feira, 1, mas foi adiada por falta de quórum. A reunião também deve votar a mudança do nome da empresa de volta para Casas Bahia.

Reforço de caixa

O objetivo da Via é dar folga ao seu balanço, que vive momentos de aperto.A Via encerrou o segundo trimestre com R$ 875 milhões em caixa, R$ 359 milhões a menos que no mesmo período do ano passado e R$ 1,145 bilhão abaixo do registrado no fim do ano passado. Na comparação anual, a dívida líquida da Via cresceu R$ 440 milhões, considerando recebíveis, para R$ 2,425 bilhões.

Um dos caminhos que a empresa estuda é investir os recursos nas cotas subordinadas da operação de FIDC da carteira de crediário, o que deve liberar parte relevante das linhas de financiamento bancário atuais da companhia.

O preço da oferta deve ser fixado em 13 de setembro. A operação é coordenado pelo UBS (coordenador líder),Bradesco BBI, BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame), Itaú BBA e Santander.

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