Na bolsa, euforia pré-Hillary
Um alívio se espalhou pelos principais mercados financeiros ao redor do mundo, na véspera da eleição presidencial nos Estados Unidos. O motivo: o FBI decidiu não indiciar a candidata democrata Hillary Clinton. Nos Estados Unidos, os principais índices, Dow Jones e S&P 500, subiram mais de 2%. Na Europa, a bolsa de Londres subiu 1,7%, […]
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2016 às 17h48.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h38.
Um alívio se espalhou pelos principais mercados financeiros ao redor do mundo, na véspera da eleição presidencial nos Estados Unidos. O motivo: o FBI decidiu não indiciar a candidata democrata Hillary Clinton. Nos Estados Unidos, os principais índices, Dow Jones e S&P 500, subiram mais de 2%. Na Europa, a bolsa de Londres subiu 1,7%, a de Frankfurt, 1,9%, e a de Milão, 2,5%. Por aqui, o Ibovespa subiu ainda mais – 3,98%, e voltou aos 64.000 pontos. As maiores altas do dia ficaram com o setor de siderurgia, os papéis preferencias da Gerdau Metalúrgica e da Usiminas subiram 9% (para mais detalhes veja o Resumo de Economia).
A alta desta segunda-feira praticamente apagou as perdas sofridas na semana passada, quando pesquisas mostraram o avanço do republicano Donald Trump. Para analistas, se Hillary se confirmar como presidente, mais altas devem vir. “O volume de negociações na bolsa ainda está baixo, o que mostra que o investidor segue cauteloso. A alta vai se intensificar se Hillary for confirmada como presidente”, afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora.
Se Hillary for eleita, pode levar o Ibovespa a uma trajetória de alta que pode chegar aos 70.000 pontos no fim do ano. “A eleição americana é o principal risco para o mercado neste momento. No mercado interno, há apenas uma grande questão, que é a aprovação da PEC do teto pelo Senado”, afirma Roberto Indech, analista corretora Rico.
Mesmo o Fivethirtyeight, o mais pé-no-chão dentre os institutos de pesquisa americanos, dá 68,5% de chances de Hillary vencer a eleição amanhã. Ainda assim, o efeito do otimismo na bolsa, evidentemente, é diferente para cada companhia. Até porque quarta e quinta-feira terão mais de 50 balanços a caminho – entre eles, de Petrobras, Gerdau e dos bancos Bradesco e Banco do Brasil. O mercado aguarda melhorias nos balanços, para provar que o pior para a economia e para as empresas já passou. Sinais contrários, porém, são bastante possíveis.