Mulher que gere fundos levará 2 séculos para ter mesmo status que homem
O ritmo em que mulheres assumem postos em gestão de fundos tem sido “extremamente lento”, mostra pesquisa da Citywire
Bloomberg
Publicado em 15 de setembro de 2020 às 06h26.
Mulheres que administram fundos de investimento levarão dois séculos para conquistar o mesmo status que os homens no atual ritmo de promoção, segundo pesquisa da Citywire.
O ritmo em que mulheres assumem postos em gestão de fundos tem sido “extremamente lento”: existem apenas 1.762 mulheres entre os 16.018 gestores de fundos ativos do mundo, de acordo com o relatório. O número representa cerca de 11% em comparação com pouco mais de 10% há quatro anos, mostra a pesquisa.
Empresas de gestão de fundos sofrem pressão cada vez maior de clientes para melhorar a diversidade. Muitas nos Estados Unidos e na Europa são obrigadas a fornecer dados sobre categorias de gênero, de acordo com o relatório. Dos US$ 15 trilhões em ativos no banco de dados da Citywire, apenas US$ 2,9 trilhões são administrados por mulheres, equipes exclusivamente femininas ou uma equipe de mulheres e homens.
Rotatividade também é um problema, com 42% das gestoras de fundos tendo mudado de cargo na última década, em comparação com 27% dos homens, segundo a pesquisa. Fatores que incluem cultura da empresa, trabalho flexível e licença-maternidade contribuem para a alta rotatividade, disse o relatório.
O The Times of London divulgou a pesquisa anteriormente.