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Mudança de comando na Petrobras, Selic em dois dígitos e inflação americana: o que move o mercado

O pregão desta quarta-feira, 15, no Brasil deve ser marcado pela saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras

Petrobras: ações operava em queda no pré-market desta quarta-feira  (luoman/Getty Images)

Petrobras: ações operava em queda no pré-market desta quarta-feira (luoman/Getty Images)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 15 de maio de 2024 às 07h56.

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O pregão desta quarta-feira, 15, no Brasil deve ser marcado pela saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras. Com o anúncio na noite de ontem, as ADRs (American Depositary Receipts) da estatal operam em forte queda no aftermarket da Bolsa de Nova York. Hoje, pela manhã, os papéis caíam quase 9%.  

Magda Chambriard, ex-diretora geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff, foi escolhida para chefiar a Petrobras. A nova CEO da companhia foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2012 e 2016. Antes de ingressar na ANP, foi funcionária de carreira da Petrobras, onde trabalhou por 22 anos. Engenheira, atua como consultora na área de energia e petróleo. Ela começou a carreira na Petrobras, em 1980, na área de produção. Ela também é mestre em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ.

Na pauta dos investidores está a ata do Copom divulgada na última terça-feira. A ata consolidou parte significativa das apostas do mercado de que os juros devem terminar o ciclo de queda em dois dígitos, entre 10% e 10,5% ao ano. Após os ruídos provocados com a decisão dividida entre os diretores do Banco Central (BC), o tom adotado no documento mostrou grande preocupação com a desancoragem das expectativas de inflação, sobretudo entre os cinco diretores que votaram pela redução de 0,25 ponto percentual.

Inflação nos EUA

Na agenda do dia está a divulgação dos dados do CPI (inflação do consumidor) dos EUA que será divulgado às 9h30 (horário de Brasília). Ontem, dados da inflação ao produtor (PPI) americano vieram acima do esperado.

Diante da persistência dos preços altos nos EUA, consolidou-se a aposta de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não começará a reduzir juros antes de setembro. A expectativa é que o índice de preços ao consumidor apresente um ganho mensal de 0,4%. Os economistas prevêem um aumento anual de 3,4% para o IPC principal, após um aumento de 3,5% em março. Agora pela manhã, os índices futuros das bolsas americanas operavam em alta.

Já as bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, com investidores à espera de novos dados da inflação dos EUA. O índice japonês Nikkei teve alta marginal de 0,08% em Tóquio, a 38.385,73 pontos, sustentado por ações do setor de instrumentos de precisão, enquanto o Taiex subiu 0,77% em Taiwan, a 21.147,21 pontos.

Os mercados da China continental, por outro lado, ficaram no vermelho, um dia após os EUA anunciarem tarifas sobre US$ 18 bilhões em produtos chineses, incluindo aço, veículos elétricos e chips. O Xangai caiu 0,82%, a 3.119,90 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,76%, a 1.759,58 pontos. Em Hong Kong e na Coreia do Seul, não houve negócios com ações hoje em função de feriados.

Divulgação de balanços

Entre os balanços do primeiro trimestre que serão divulgados estão:

  • Alliança (AALR3) pós-mercado
  • Equatorial Energia(EQTL3) pós-mercado
  • Light (LIGT3) pós-mercado
  • Marfrig (MRFG3) pós-mercado
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