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Moody's vê emissores da América Latina 'aptos' para FED

Agência considera que emissores de títulos de dívida estão bem preparados para enfrentar custos maiores e menor disponibilidade de crédito

Prédio do Federal Reserve: Moody's considera que emissores estão bem preparados à medida que o FED reduza sua política de flexibilização quantitativa (Jonathan Ernst/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 21h54.

São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's considera que emissores de títulos de dívida do Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru estão bem preparados para enfrentar custos de captação maiores e menor disponibilidade de crédito à medida que o Federal Reserve (FED, o banco central dos Estados Unidos) reduzir gradualmente a política de flexibilização quantitativa.

Esses países e seus sistemas bancários conquistaram maior idoneidade creditícia, o que também dá suporte para a qualidade de crédito das empresas e para outros emissores de títulos nesses mercados, afirma a Moody's Investors Service em um novo relatório sobre a América Latina.

"A região está mais resistente aos aumentos nas taxas de juros e fluxos de saída de investimentos do que estava durante as crises financeiras da década de 1990 e do início da década de 2000", disse Mauro Leos, vice-presidente da Moody's e um dos autores do relatório, em nota distribuída pela agência de rating.

Segundo Leos, "embora o ambiente em transição não afete todos os emissores na América Latina de maneira uniforme, a qualidade de crédito dos emissores soberanos, Estados e municípios, bancos, empresas e emissores de infraestrutura mais robustos da América Latina deve se mostrar duradoura".

A Moody's diz que o custo de captação nos cinco principais emissores soberanos da América Latina (Latam 5) - Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru - deve aumentar entre 100 pontos-base e 150 pontos-base nos próximos 12 a 18 meses.

A Moody's considera o México como o mais exposto à redução dos fluxos de capital, o que provavelmente ocorrerá na era após a retirada dos estímulos à economia dos EUA, em função das grandes entradas de capital no México durante o período de flexibilização quantitativa.

A agência afirma ainda que embora os bancos no Latam 5 tenham aumentado sua exposição aos mercados de capitais para sustentar o crescimento dos financiamentos, considera seu risco de crédito limitado. "Os bancos não dependem de mercados externos para captação; ao contrário, a captação está baseada em grande parte nos depósitos domésticos e amplo acesso à liquidez local", diz a Moody's.

A força de crédito dos emissores soberanos do Latam 5, bem como dos bancos, deve sustentar a qualidade de crédito corporativo, afirmou a Moody's. De acordo com a agência, um motivo para tanto é que a ampla maioria aproveitou a acomodação dos mercados de capitais e taxas de juros baixas para refinanciar dívida, minimizando o risco que o refinanciamento normalmente oferece.

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São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's considera que emissores de títulos de dívida do Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru estão bem preparados para enfrentar custos de captação maiores e menor disponibilidade de crédito à medida que o Federal Reserve (FED, o banco central dos Estados Unidos) reduzir gradualmente a política de flexibilização quantitativa.

Esses países e seus sistemas bancários conquistaram maior idoneidade creditícia, o que também dá suporte para a qualidade de crédito das empresas e para outros emissores de títulos nesses mercados, afirma a Moody's Investors Service em um novo relatório sobre a América Latina.

"A região está mais resistente aos aumentos nas taxas de juros e fluxos de saída de investimentos do que estava durante as crises financeiras da década de 1990 e do início da década de 2000", disse Mauro Leos, vice-presidente da Moody's e um dos autores do relatório, em nota distribuída pela agência de rating.

Segundo Leos, "embora o ambiente em transição não afete todos os emissores na América Latina de maneira uniforme, a qualidade de crédito dos emissores soberanos, Estados e municípios, bancos, empresas e emissores de infraestrutura mais robustos da América Latina deve se mostrar duradoura".

A Moody's diz que o custo de captação nos cinco principais emissores soberanos da América Latina (Latam 5) - Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru - deve aumentar entre 100 pontos-base e 150 pontos-base nos próximos 12 a 18 meses.

A Moody's considera o México como o mais exposto à redução dos fluxos de capital, o que provavelmente ocorrerá na era após a retirada dos estímulos à economia dos EUA, em função das grandes entradas de capital no México durante o período de flexibilização quantitativa.

A agência afirma ainda que embora os bancos no Latam 5 tenham aumentado sua exposição aos mercados de capitais para sustentar o crescimento dos financiamentos, considera seu risco de crédito limitado. "Os bancos não dependem de mercados externos para captação; ao contrário, a captação está baseada em grande parte nos depósitos domésticos e amplo acesso à liquidez local", diz a Moody's.

A força de crédito dos emissores soberanos do Latam 5, bem como dos bancos, deve sustentar a qualidade de crédito corporativo, afirmou a Moody's. De acordo com a agência, um motivo para tanto é que a ampla maioria aproveitou a acomodação dos mercados de capitais e taxas de juros baixas para refinanciar dívida, minimizando o risco que o refinanciamento normalmente oferece.

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