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Moody's rebaixa qualificação do sistema bancário argentino

A agência alerta sobre a suposta "vulnerabilidade" dos bancos do país

Buenos Aires, capital argentina: Moody's mostra "a fragilidade dos lucros" dos bancos, "que dependem cada vez mais das políticas acomodativas, mas insustentáveis do governo" (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 12h04.

Buenos Aires - A agência de qualificação Moody's rebaixou sua perspectiva para o setor bancário argentino de "estável" para "negativo", ao alertar sobre a suposta "vulnerabilidade" dos bancos do país sul-americano, argumento que foi rejeitado nesta sexta-feira por banqueiros e autoridades locais.

A qualificadora explicou em um relatório que esta mudança de nota obedece à "vulnerabilidade do sistema bancário frente fatores macroeconômicos e medidas intervencionistas por parte do governo argentino para os próximos 12 a 18 meses".

Moody's mostra "a fragilidade dos lucros" dos bancos, "que dependem cada vez mais das políticas acomodativas, mas insustentáveis do governo", "sua vulnerabilidade à confiança dos investidores e sua exposição a riscos políticos e a situações que poderiam afetar negativamente a distribuição de seus ativos, sua rentabilidade e sua capitalização".

O rebaixamento de perspectiva foi fortemente criticado pelas associações que agrupam os bancos na Argentina, que coincidiram em assegurar que os argumentos da qualificadora não têm fundamentos nem se ajustam à realidade do sistema financeiro local.

No entanto, o presidente do Banco Central argentino, assegurou nesta sexta-feira que os bancos locais são "sólidos" e afirmou que as agências de qualificação "não entendem o que passa na Argentina".

O ministro da Economia argentino, Amado Boudou, qualificou por sua vez como uma "palhaçada" o rebaixamento de perspectiva "em um momento que todo o mundo sofre as consequências das qualificadoras porque foram eles que atribuíram mal os recursos e geraram borbulhas especulativas nos países desenvolvidos".

De acordo a um relatório do setor elaborado pelo Banco Central argentino, o patrimônio líquido do sistema financeiro argentino registrou em junho passado uma alta anualizada de 22,9%.

Em tanto, as capitalizações do setor acumularam no primeiro semestre 540 milhões de pesos (US$ 128,2 milhões), superando os valores de capital recebidos em todo 2009 e 2010, segundo o relatório oficial.

Na primeira metade do ano, os créditos bancários do setor privado verificaram um crescimento anualizado de 44%, enquanto os depósitos totais do conjunto de bancos registraram uma alta de 30,1%.

Moody's advertiu que apesar dos "bancos estarem aproveitando a forte demanda de crédito, o aumento do endividamento de consumo poderia representar riscos para a qualidade dos ativos dos bancos".

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A qualificadora explicou em um relatório que esta mudança de nota obedece à "vulnerabilidade do sistema bancário frente fatores macroeconômicos e medidas intervencionistas por parte do governo argentino para os próximos 12 a 18 meses".

Moody's mostra "a fragilidade dos lucros" dos bancos, "que dependem cada vez mais das políticas acomodativas, mas insustentáveis do governo", "sua vulnerabilidade à confiança dos investidores e sua exposição a riscos políticos e a situações que poderiam afetar negativamente a distribuição de seus ativos, sua rentabilidade e sua capitalização".

O rebaixamento de perspectiva foi fortemente criticado pelas associações que agrupam os bancos na Argentina, que coincidiram em assegurar que os argumentos da qualificadora não têm fundamentos nem se ajustam à realidade do sistema financeiro local.

No entanto, o presidente do Banco Central argentino, assegurou nesta sexta-feira que os bancos locais são "sólidos" e afirmou que as agências de qualificação "não entendem o que passa na Argentina".

O ministro da Economia argentino, Amado Boudou, qualificou por sua vez como uma "palhaçada" o rebaixamento de perspectiva "em um momento que todo o mundo sofre as consequências das qualificadoras porque foram eles que atribuíram mal os recursos e geraram borbulhas especulativas nos países desenvolvidos".

De acordo a um relatório do setor elaborado pelo Banco Central argentino, o patrimônio líquido do sistema financeiro argentino registrou em junho passado uma alta anualizada de 22,9%.

Em tanto, as capitalizações do setor acumularam no primeiro semestre 540 milhões de pesos (US$ 128,2 milhões), superando os valores de capital recebidos em todo 2009 e 2010, segundo o relatório oficial.

Na primeira metade do ano, os créditos bancários do setor privado verificaram um crescimento anualizado de 44%, enquanto os depósitos totais do conjunto de bancos registraram uma alta de 30,1%.

Moody's advertiu que apesar dos "bancos estarem aproveitando a forte demanda de crédito, o aumento do endividamento de consumo poderia representar riscos para a qualidade dos ativos dos bancos".

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