Grécia: Moody's afirmou que rebaixou a classificação soberana da Grécia a "Caa2", ante "Caa1", e atribuiu uma perspectiva "negativa" (unkas_photo/ThinkStock)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2015 às 23h54.
Atenas - A agência de classificação de risco Moody's reduziu na quinta-feira (horário local) a nota de crédito da Grécia ainda mais fundo na categoria "junk" devido à incerteza sobre se o endividado país poderá alcançar a tempo um acordo com seus credores internacionais para cumprir os próximos vencimentos da dívida.
A Moody's afirmou que rebaixou a classificação soberana da Grécia a "Caa2", ante "Caa1", e atribuiu uma perspectiva "negativa", refletindo que os riscos sobre o equilíbrio econômico, financeiro e política no país têm "inclinação para a baixo".
Fitch, Standard & Poor's e Moody's elevaram a nota soberana da Grécia no ano passado, já que a economia mostrava sinais preliminares de recuperação após seis anos de recessão.
Mas o impasse do novo governo de esquerda com seus parceiros da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as reformas necessárias para destravar o financiamento da ajuda restante tem dificultado a situação, afirmou a Moody's.
"O governo grego e seus credores oficiais se mantêm distantes em temas importantes, sem perspectivas imediatas de que seja alcançado um acordo sobre um novo pacote de financiamento", destacou a Moody's.
Embora as partes desejem um pacto para evitar uma moratória grega e o processo tenha tomado um novo sentido de urgência, a agência afirmou que o resultado final será conduzido principalmente por decisões políticas.
"O resultado destas decisões é altamente incerto e o potencial para um acidente político que resulte num default da Grécia de sua dívida comercial, incluindo a mantida pelo BCE (Banco Central Europeu), aumentou", acrescentou.
Historicamente, uma classificação "Caa2" é associada à probabilidade de quase um em cada quatro de cair em default num horizonte de dois anos.
A S&P cortou a nota da Grécia para "CCC+", ante "B-", em 15 de abril, citando a piora das condições econômicas devido às prolongadas negociações entre o país e seus credores.