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Moody's põe ratings da Andrade Gutierrez sob revisão

Segundo a agência, buscas e as prisões feitas ontem poderiam afetar negativamente a execução de estratégias de crescimento no curto prazo

Presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, sendo preso (REUTERS/Francio de Holanda)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2015 às 12h59.

São Paulo - A agência de classificação Moody's colocou os ratings da Andrade Gutierrez sob revisão para possível rebaixamento, conforme relatório publicado, neste sábado, 20. A classificadora anunciou também neste sábado, idêntica mudança para as notas da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC). A decisão da Moody's reflete a percepção de aumento do risco de crédito após os mandados de busca e apreensão e prisões preventivas de executivos nessas empresas, ontem, no âmbito da 14ª fase da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção e cartel na Petrobras.

Foram colocados em revisão para possível rebaixamento os ratings corporativa da Andrade Gutierrez, em Ba2, e o de emissor, também de Ba2. De acordo com a Moody', US$ 500 milhões em bônus seniores sem garantia e com vencimento em 2018 poderiam ser impactados.

A classificadora explica que embora as investigações em relação às construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht ainda estejam em andamento, sem a condenação ou penalidades, as buscas e as prisões feitas ontem poderiam afetar negativamente a execução de estratégias de crescimento das empresas no curto prazo e questionamento adicionais para o setor de construção civil no Brasil.

Dentre os presos, estão o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, e o da Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Eles estão detidos na Custódia da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba - sede das investigações da Lava Jato, e fazem, nesta manhã, exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. A previsão é de que os depoimentos comecem ainda hoje.

Os ratings de ambas as construtoras podem ser rebaixados, de acordo com a agência, se verificado o aumento dos riscos advindos das investigações da Lava Jato como, por exemplo, redução da liquidez para fazer frente às dívidas ou redução significativa no seu portfólio de projetos, aumentando sua alavancagem e enfraquecendo seu perfil de negócios. No caso da Odebrecht, o próximo vencimento no mercado de dívida da empresa, segundo a classificadora, é em 2018 de uma emissão de R$ 500 milhões em notas seniores sem garantia, com rating Baa3.

O processo de revisão dos ratings, segundo a Moody's, focará na capacidade prospectiva da companhia de suportar seus negócios e continuar operando em tal ambiente embora a agência considere difícil prever o prazo e o os desdobramentos jurídicos dessas investigações. "A revisão também levará em consideração que a OEC atualmente tem liquidez suficiente para cobrir todos os vencimentos de dívida e garantias extrapatrimoniais, o que parcialmente mitiga potenciais implicações negativas sobre os negócios no curto prazo", acrescenta a classificadora.

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São Paulo - A agência de classificação Moody's colocou os ratings da Andrade Gutierrez sob revisão para possível rebaixamento, conforme relatório publicado, neste sábado, 20. A classificadora anunciou também neste sábado, idêntica mudança para as notas da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC). A decisão da Moody's reflete a percepção de aumento do risco de crédito após os mandados de busca e apreensão e prisões preventivas de executivos nessas empresas, ontem, no âmbito da 14ª fase da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção e cartel na Petrobras.

Foram colocados em revisão para possível rebaixamento os ratings corporativa da Andrade Gutierrez, em Ba2, e o de emissor, também de Ba2. De acordo com a Moody', US$ 500 milhões em bônus seniores sem garantia e com vencimento em 2018 poderiam ser impactados.

A classificadora explica que embora as investigações em relação às construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht ainda estejam em andamento, sem a condenação ou penalidades, as buscas e as prisões feitas ontem poderiam afetar negativamente a execução de estratégias de crescimento das empresas no curto prazo e questionamento adicionais para o setor de construção civil no Brasil.

Dentre os presos, estão o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, e o da Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Eles estão detidos na Custódia da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba - sede das investigações da Lava Jato, e fazem, nesta manhã, exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. A previsão é de que os depoimentos comecem ainda hoje.

Os ratings de ambas as construtoras podem ser rebaixados, de acordo com a agência, se verificado o aumento dos riscos advindos das investigações da Lava Jato como, por exemplo, redução da liquidez para fazer frente às dívidas ou redução significativa no seu portfólio de projetos, aumentando sua alavancagem e enfraquecendo seu perfil de negócios. No caso da Odebrecht, o próximo vencimento no mercado de dívida da empresa, segundo a classificadora, é em 2018 de uma emissão de R$ 500 milhões em notas seniores sem garantia, com rating Baa3.

O processo de revisão dos ratings, segundo a Moody's, focará na capacidade prospectiva da companhia de suportar seus negócios e continuar operando em tal ambiente embora a agência considere difícil prever o prazo e o os desdobramentos jurídicos dessas investigações. "A revisão também levará em consideração que a OEC atualmente tem liquidez suficiente para cobrir todos os vencimentos de dívida e garantias extrapatrimoniais, o que parcialmente mitiga potenciais implicações negativas sobre os negócios no curto prazo", acrescenta a classificadora.

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