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Moody's pode elevar Brasil mesmo sem cumprir meta fiscal

A possibilidade levantaria questões sobre sua estratégia fiscal, mas não prejudicaria necessariamente as classificações de crédito do país

Agência de classificação de risco Moody´s (Mike Segar/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 20h49.

Rio de Janeiro - O Brasil pode não cumprir sua meta de superávit fiscal neste ano e ainda assim continuar rumo a um upgrade de seu rating, afirmou nesta quarta-feira o analista sênior da agência de classificação de risco Moody's Mauro Leos.

A possibilidade levantaria questões sobre sua estratégia fiscal, mas não prejudicaria necessariamente as classificações de crédito do país em meio a taxas de juros recuando para mínimas históricas, completou o analista, durante entrevista.

"Nós não nos surpreenderíamos se eles (o Brasil) não forem capazes de alcançar seu superávit fiscal", disse Leos, destacando que ainda não está claro se a economia brasileira, após uma recente desaceleração, atingiu seu ponto mais baixo.

"Isso não significa necessariamente que alteraremos a perspectiva sobre o rating", adicionou.

Taxas de juros mais baixas, ao reduzir os custos da dívida, fazem com que a relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB) caia mesmo que o superávit primário recue em 1 ponto percentual do PIB, explicou Leos.


A Moody's atualmente classifica o Brasil como "Baa2" com perspectiva positiva, o que implica a possibilidade de um upgrade de crédito nos próximos meses.

A meta de superávit primário brasileiro é de quase 140 bilhões de reais neste ano, ou cerca de 3,1 por cento do PIB.

Mas dados desanimadores nos últimos meses levaram economistas a revisar para baixo suas projeções de crescimento econômico, para até 1,5 por cento neste ano, reforçando especulações de que a meta fiscal do governo corre riscos.

Leos disse que não vê indicações de que a presidente Dilma Rousseff planeja realizar grandes gastos para apoiar a economia, mesmo enquanto funcionários públicos e parlamentares da oposição elevam a pressão por aumentos salariais, emendas e outros aumentos de custos.

Ainda assim, a Moody's planeja emitir uma avaliação mais complexa sobre a resposta brasileira a pressões econômicas e orçamentárias após reunir-se com autoridades do governo, mais tarde neste ano.

"Nesse momento, é muito importante visitar o país e ouvir o que autoridades do governo têm a dizer -que é o que devemos fazer de agora até o final do ano", completou Leos.

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Rio de Janeiro - O Brasil pode não cumprir sua meta de superávit fiscal neste ano e ainda assim continuar rumo a um upgrade de seu rating, afirmou nesta quarta-feira o analista sênior da agência de classificação de risco Moody's Mauro Leos.

A possibilidade levantaria questões sobre sua estratégia fiscal, mas não prejudicaria necessariamente as classificações de crédito do país em meio a taxas de juros recuando para mínimas históricas, completou o analista, durante entrevista.

"Nós não nos surpreenderíamos se eles (o Brasil) não forem capazes de alcançar seu superávit fiscal", disse Leos, destacando que ainda não está claro se a economia brasileira, após uma recente desaceleração, atingiu seu ponto mais baixo.

"Isso não significa necessariamente que alteraremos a perspectiva sobre o rating", adicionou.

Taxas de juros mais baixas, ao reduzir os custos da dívida, fazem com que a relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB) caia mesmo que o superávit primário recue em 1 ponto percentual do PIB, explicou Leos.


A Moody's atualmente classifica o Brasil como "Baa2" com perspectiva positiva, o que implica a possibilidade de um upgrade de crédito nos próximos meses.

A meta de superávit primário brasileiro é de quase 140 bilhões de reais neste ano, ou cerca de 3,1 por cento do PIB.

Mas dados desanimadores nos últimos meses levaram economistas a revisar para baixo suas projeções de crescimento econômico, para até 1,5 por cento neste ano, reforçando especulações de que a meta fiscal do governo corre riscos.

Leos disse que não vê indicações de que a presidente Dilma Rousseff planeja realizar grandes gastos para apoiar a economia, mesmo enquanto funcionários públicos e parlamentares da oposição elevam a pressão por aumentos salariais, emendas e outros aumentos de custos.

Ainda assim, a Moody's planeja emitir uma avaliação mais complexa sobre a resposta brasileira a pressões econômicas e orçamentárias após reunir-se com autoridades do governo, mais tarde neste ano.

"Nesse momento, é muito importante visitar o país e ouvir o que autoridades do governo têm a dizer -que é o que devemos fazer de agora até o final do ano", completou Leos.

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