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Moedas de emergentes se destacam em rali global do dólar; real está na lista

Moedas de mercados emergentes têm se saído melhor do que pares de países desenvolvidos, particularmente aqueles com economias apoiadas em commodities

Dólar: índice do Federal Reserve ponderado pelo comércio para o dólar em relação às moedas de economias avançadas subiu muito mais rápido que seu equivalente para mercados emergentes (Gary Cameron/Reuters)
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Bloomberg

Publicado em 16 de setembro de 2022 às 13h23.

Na batalha contra a disparada do dólar, moedas de mercados emergentes têm se saído melhor do que pares de países desenvolvidos, particularmente aqueles com economias apoiadas em commodities .

Isso pode ser visto em uma comparação simples que mede o valor do dólar com base em sua competitividade em relação aos parceiros comerciais. O índice do Federal Reserve ponderado pelo comércio para o dólar em relação às moedas de economias avançadas subiu muito mais rápido que seu equivalente para mercados emergentes desde o início do rali da moeda americana no início de 2021. Só neste ano, o indicador avançou 8,6%, cerca de quatro vezes acima da valorização média em 10 anos. Isso se compara a um ganho modesto de cerca de 2,9% em 2022 para o indicador de mercados emergentes, um pouco superior à média de 10 anos, de cerca de 2,6%.

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Moedas apoiadas por commodities, como o real e o rublo russo, mostram melhor desempenho este ano (embora, no caso deste último, isso tenha mais a ver com a guerra na Ucrânia do que com a dinâmica do mercado). Estão entre as poucas que se valorizaram frente ao dólar, juntamente com o sol peruano e o peso mexicano.

Embora os preços das matérias-primas tenham se desacelerado em relação às máximas, o índice de commodities da Bloomberg ainda está cerca de 20% acima de sua média de 10 anos. Ou seja, os maiores exportadores ainda são capazes de colher os benefícios dos altos preços das matérias-primas, apesar da recente fraqueza.

Outro aspecto a ser considerado são os juros e a crise energética na Europa. Bancos centrais de países em desenvolvimento começaram a aumentar as taxas muito antes de instituições como o Federal Reserve, Banco da Inglaterra e Banco Central Europeu. Isso deu às suas moedas um amortecedor e uma chance de lutar, em vez de tentar recuperar o atraso ao longo do ciclo de aperto monetário.

A ressalva é que, se houver mais aumentos consistentes dos juros de grandes proporções pelo Fed, essa equação poderia mudar. No entanto, à medida que países europeus correm para abordar a crise de energia, o risco de suas economias entrarem em recessão é outra ameaça enfrentada por moedas de mercados desenvolvidos.

Nota: Nour Al Ali escreve para o blog Markets Live da Bloomberg. As observações são de sua autoria e não pretendem ser conselhos de investimento.

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