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Meta fiscal faz dólar subir e encostar em R$ 3,30

No câmbio, o dólar à vista subiu e encostou na marca de R$ 3,30, enquanto no segmento futuro rompeu este patamar

O dólar à vista fechou em alta de 1,98%, a R$ 3,2910, maior preço desde 19 de março (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2015 às 17h22.

São Paulo - As revisões para baixo nas metas fiscais de 2016 e 2017, anunciadas nesta quarta-feira, 22, pelo governo , assustaram os investidores, que já haviam precificado a revisão da meta de 2015, de 1,1% para 0,15%, resultando em mais um dia de aversão ao risco nos ativos domésticos.

No câmbio, o dólar à vista subiu e encostou na marca de R$ 3,30, enquanto no segmento futuro rompeu este patamar.

Ontem, após o fechamento dos negócios, o governo confirmou informação antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de redução da meta de superávit primário de 2015, para R$ 8,747 bilhões, o equivalente a 0,15% do PIB.

Mas não estavam no preço alterações nas metas de 2016 e de 2017, de 2,0% para 0,7% e 1,3%, respectivamente, que surpreenderam. A meta de 2,0% foi postergada para 2018.

As mudanças elevaram o temor sobre a perda do selo de grau de investimento da nota soberana do Brasil pelas principais agências de classificação de risco.

A agência brasileira Austin Rating se antecipou e rebaixou nesta Quinta-feira a nota soberana em moeda estrangeira de BBB- para BB+, com perspectiva estável, segundo informado com exclusividade para o Broadcast.

Com isso, o rating saiu do grau de investimento e caiu para o nível especulativo (junk). A Fitch e a Moody's ainda estão dois graus acima da nota junkie mais alta, mas as perspectivas são negativas.

A Fitch afirmou ao Broadcast que a revisão das metas ressalta as dificuldades da consolidação fiscal em meio à recessão na economia.

Segundo a agência, a meta de um superávit de 0,15% do PIB este ano está abaixo do que havia sido presumido no cenário base de abril, quando a Fitch revisou a perspectiva do rating brasileiro para "negativa".

A questão fiscal provocou o aumento da demanda por dólares, castigando o real e potencializando a tendência de alta que a moeda norte-americana apresentava ante as divisas de países emergentes.

O dólar à vista chegou a encostar, na máxima, em R$ 3,30, mas ao aproximar-se deste patamar, as cotações chamaram um pouco os vendedores.

No segmento futuro, contudo, o dólar para agosto rompeu este nível, em meio a um expressivo giro financeiro.

O dólar à vista fechou em alta de 1,98%, a R$ 3,2910, maior preço desde 19 de março (R$ 3,2950). A mínima foi registrada logo na abertura, de R$ 3,2550.

Na máxima, ainda pela manhã, chegou a R$ 3,2980 (+2,20%). O volume no mercado à vista era de US$ 1,139 bilhão perto das 16h30 desta quinta. Às 16h32, o dólar para agosto era negociado em R$ 3,302 (+2,07%).

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São Paulo - As revisões para baixo nas metas fiscais de 2016 e 2017, anunciadas nesta quarta-feira, 22, pelo governo , assustaram os investidores, que já haviam precificado a revisão da meta de 2015, de 1,1% para 0,15%, resultando em mais um dia de aversão ao risco nos ativos domésticos.

No câmbio, o dólar à vista subiu e encostou na marca de R$ 3,30, enquanto no segmento futuro rompeu este patamar.

Ontem, após o fechamento dos negócios, o governo confirmou informação antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de redução da meta de superávit primário de 2015, para R$ 8,747 bilhões, o equivalente a 0,15% do PIB.

Mas não estavam no preço alterações nas metas de 2016 e de 2017, de 2,0% para 0,7% e 1,3%, respectivamente, que surpreenderam. A meta de 2,0% foi postergada para 2018.

As mudanças elevaram o temor sobre a perda do selo de grau de investimento da nota soberana do Brasil pelas principais agências de classificação de risco.

A agência brasileira Austin Rating se antecipou e rebaixou nesta Quinta-feira a nota soberana em moeda estrangeira de BBB- para BB+, com perspectiva estável, segundo informado com exclusividade para o Broadcast.

Com isso, o rating saiu do grau de investimento e caiu para o nível especulativo (junk). A Fitch e a Moody's ainda estão dois graus acima da nota junkie mais alta, mas as perspectivas são negativas.

A Fitch afirmou ao Broadcast que a revisão das metas ressalta as dificuldades da consolidação fiscal em meio à recessão na economia.

Segundo a agência, a meta de um superávit de 0,15% do PIB este ano está abaixo do que havia sido presumido no cenário base de abril, quando a Fitch revisou a perspectiva do rating brasileiro para "negativa".

A questão fiscal provocou o aumento da demanda por dólares, castigando o real e potencializando a tendência de alta que a moeda norte-americana apresentava ante as divisas de países emergentes.

O dólar à vista chegou a encostar, na máxima, em R$ 3,30, mas ao aproximar-se deste patamar, as cotações chamaram um pouco os vendedores.

No segmento futuro, contudo, o dólar para agosto rompeu este nível, em meio a um expressivo giro financeiro.

O dólar à vista fechou em alta de 1,98%, a R$ 3,2910, maior preço desde 19 de março (R$ 3,2950). A mínima foi registrada logo na abertura, de R$ 3,2550.

Na máxima, ainda pela manhã, chegou a R$ 3,2980 (+2,20%). O volume no mercado à vista era de US$ 1,139 bilhão perto das 16h30 desta quinta. Às 16h32, o dólar para agosto era negociado em R$ 3,302 (+2,07%).

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