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Mesmo após alta de 8% da Bolsa, analistas seguem otimistas com o Brasil

Otimismo dos estrategistas de ações é baseado na expectativa da aprovação da reforma da Previdência

Mercado financeiro: investidores aguardam reforma da Previdência (Adriano Machado/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 7 de abril de 2019 às 08h53.

Última atualização em 7 de abril de 2019 às 08h53.

(Bloomberg) -- Os estrategistas de ações mantêm uma visão otimista sobre a bolsa brasileira, mesmo após o avanço de 8 por cento registrado pelo Ibovespa neste ano e diante do aumento do ruído político.

Todos os estrategistas consultados pela Bloomberg reiteraram sua recomendação overweight para o Brasil, em meio à tramitação da reforma da Previdência no Congresso. Alguns mostraram preferência por ações mais defensivas, em razão do ambiente mais volátil.

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"A incerteza aumentou devido à falta de coordenação política do governo, e há maior risco de que a economia esperada da reforma da Previdência seja fortemente desidratada", escreveram estrategistas do BTG Pactual liderados por Carlos Sequeira, em relatório de 1º de abril.

O BTG Pactual ainda acredita na aprovação de uma reforma “moderada” no terceiro trimestre, com economia entre R$ 600 bilhões e R$ 700 bilhões em 10 anos. Isso levaria o Ibovespa para perto dos 117.000, cerca de 23 por cento acima dos níveis atuais, segundo o BTG. Às 15:01 desta quarta-feira, o Ibovespa operava em alta de 0,5 por cento, a 95,897.

Potencial menor no México e Colômbia

Para a bolsa mexicana, não há recomendações de overweight e os estrategistas se dividem entre uma visão neutra e apostas pessimistas. Julio Zamora, do Citigroup, disse que o México não está "barato o suficiente" e espera novas revisões para baixo nas projeções de lucros.

A Colômbia lidera o número de recomendações underweight, mas conta com uma visão positiva de BTG Pactual e JPMorgan. O desempenho da bolsa colombiana superou os pares latino-americanos neste ano - o índice Colcap subiu quase 23 por cento em dólar, ante ganho de cerca de 8 por cento para a região, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Desaceleração no Chile

No Chile, o índice IPSA da S&P-CLX caiu 5 por cento nos últimos 12 meses, com desempenho abaixo dos outros mercados em meio a uma desaceleração das expectativas de crescimento econômico no país, enquanto o governo do presidente Sebastian Pinera tem dificuldade para seguir adiante com a agenda de reformas.

A economia também está sendo afetada por temores de desaceleração na China, seu principal parceiro comercial, e pela demanda do consumidor mais fraca do que o esperado. No entanto, há expectativas de retomada do crescimento nos próximos trimestres, o que pode impulsionar a demanda por ações locais. O Bradesco BBI, o Itaú BBA e o Morgan Stanley veem potencial de alta para os papeis chilenos.

O Citi e o Santander também gostam das ações argentinas, enquanto o Peru tem quatro recomendações overweight.

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