Mercados mundiais preocupados pelas tensões entre China, EUA e Taiwan
A possível visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, à Taiwan está gerando tensões na região
A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi (Al Drago/Reuters)

2 de agosto de 2022, 07h14
Os mercados internacionais fecharam em queda na última segunda-feira, 1, por causa da escalada de tensões na Ásia.
A possível visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, à Taiwan poderia gerar um confronto entre as Forças Armadas da República Popular da China e da República de China (nome oficial da ilha separatista).
Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou em queda de 0,14%, o Nasdaq em queda de 0,18% e o S&P 500 em queda de 0,28%.
Na Europa, a Bolsa de Londres perdeu 0,14%, o DAX 30 de Frankfurt caiu 0,03% e o CAC 40 de Paris 0,18%.
O Ibovespa também fechou em território negativo, perdendo 0,91% no primeiro pregão do mês de agosto.
Nancy Pelosi na Ásia pode gerar confronto
A presidente da Câmara dos EUA, a segunda em linha de sucessão ao Presidente dos Estados Unidos, está realizando um tour pela Ásia, e poderia visitar também Taiwan.
A primeira etapa dessa viagem foi em Cingapura, onde o primeiro-ministro Lee Hsien Loong pediu que a política americana lutasse por laços "estáveis" com Pequim.
Seu itinerário também inclui Malásia, Coréia do Sul e Japão.
Relatos sobre um plano para visitar a ilha de Taiwan enfureceram Pequim, que a considera como uma "província rebelde", e causaram desconforto na Casa Branca com o presidente Joe Biden tentando baixar a temperatura da crise internacional.
Pequim considera Taiwan como parte do seu território que um dia deverá voltar a fazer parte da República Popular, até com o uso da força, se necessário.
O porta-voz do Ministério do Exterior chinês declarou que a visita de Pelosi é considerada em Pequim como uma grande provocação.
Para Zhao Lijian, disse nesta segunda que seria “uma interferência grosseira nos assuntos internos da China” se Pelosi visitasse Taiwan, e alertou que isso levaria a “desenvolvimentos e consequências muito graves”.
O principal comentarista do jornal do regime chinês, Global Times, Hu Xijin, sugeriu na semana passada que as forças chinesas deveriam derrubar o avião de Pelosi, já que ele planeja visitar Taiwan.
A China já ameaçou "escoltar" com caças o avião da política americana até o território de Taiwan. Isso poderia gerar uma reação por parte das Forças Armadas taiwanesas, desencadeando um conflito com proporções enormes, pois acabaria envolvendo também os Estados Unidos, aliados do governo da ilha.
A China já intensificou suas ameaças. Depois que o Exército de Libertação Popular realizou exercícios de tiro real em Pingtan, uma ilha no Estreito de Taiwan, e outros exercícios no Mar do Sul da China na semana passada, a Administração de Segurança Marítima da China disse que haveria mais exercícios de terça a sábado.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu que a China aja com responsabilidade e “não se envolva em nenhuma escalada” se Pelosi visitar Taiwan.
Entretanto, mesmo com essa possível crise internacional no horizonte, o minério de ferro subiu na segunda na Bolsa de Valores de Dalian.
O futuro negociado no mercado chinês subiu quase 2%, chegando a 795,5 yuans a tonelada.
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