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Mercados miram dados da China; Copom inicia reunião

Comitê de Política Monetária do Banco Central dá início à sua reunião de dois dias para decidir sobre a taxa Selic, que pode ser cortada em até 0,50%

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 07h43.

São Paulo - O crescimento da economia chinesa desacelerou no quarto trimestre de 2011 para o menor ritmo em dois anos e meio, mas superou as expectativas e amparava o apetite a risco nas praças financeiras globais nesta terça-feira.

O crescimento no quarto trimestre em base anualizada foi de 8,9 por cento, ligeiramente acima dos 8,7 por cento que tinham previsto economistas consultados em uma pesquisa da Reuters. A taxa foi a menor desde o segundo trimestre de 2009, quando a economia global mergulhou em profunda recessão.

Análises indicam que os dados reforçam tanto expectativas de mais estímulos econômicos quanto de que a economia não mostra fraqueza expressiva. A Agência Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) chinesa ainda mostrou dados de produção industrial, vendas no varejo e formação bruta de capital fixo de dezembro.

O foco na agenda econômica ajudava, assim, a ofuscar o último movimento da Standard & Poor's, que reduziu o rating do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF) na véspera.

Às 7h25, o MSCI para ações globais ganhava 0,86 por cento e para emergentes, 1,96 por cento. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava acréscimo de 2,66 por cento. Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 1,05 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou com elevação de 4,18 por cento. O índice europeu FTSEurofirst 300 subia 0,95 por cento e o futuro do norte-americano S&P 500 avançava 0,84 por cento --10,80 pontos.

Entre as moedas, o euro apreciava-se em 0,77 por cento, a 1,2760 dólar, o que influenciava a queda de 0,68 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais. Em relação ao iene , o dólar cedia 0,25 por cento, a 76,61 ienes. No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent aumentava 0,80 por cento em Londres, a 112,23 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York subia 1,93 por cento, a 100,60 dólares.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central dá início à sua reunião de dois dias para decidir sobre a taxa Selic. Pesquisa da Reuters publicada em 12 de janeiro indicava queda de 0,50 ponto percentual no juro, para 10,50 por cento ao ano. O resultado do encontro será conhecido apenas na quarta-feira.

A agenda desta terça-feira contempla ainda dados de inflação e capacidade instalada da indústria. Ainda no noticiário doméstico, mais cedo o Secovi-SP informou que as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 20,45 por cento em novembro na comparação com o mesmo mês em 2010, somando 2.601 unidades.


Veja como fecharam os principais mercados na segunda-feira:

CÂMBIO - O dólar ficou cotado a 1,7875 real, em queda de 0,15 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA O - Ibovespa subiu 1,37 por cento, a 59.956 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 8,8 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - Por feriado, esse mercado não funcionou.

JUROS - Os contratos de DI exibiram alta, com o DI janeiro de 2013 em 10,020 por cento ao ano ante 10,010 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,2660 dólar, ante 1,2677 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 131,938 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,751 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil mantinha-se estável em 236 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 1 ponto, a 392 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - Por feriado, esses mercados não funcionaram.

PETRÓLEO - Por feriado, esse mercado não funcionou em Nova York.

TREASURIES DE 10 ANOS - Por feriado, esse mercado não funcionou.

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