Exame Logo

Mercados europeus fecham sem posição definida

Os investidores repercutiram os dados do setor de serviços da zona do euro, que mostraram sinais de que a recuperação da atividade não está garantida

Bolsa de Paris: da França, vieram sinais desencorajadores sobre a economia do país (Forestier/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 14h47.

São Paulo - Na primeira segunda-feira do ano, as bolsas europeias tiveram uma sessão de cautela e fecharam em posições divergentes. Os investidores repercutiram os dados do setor de serviços da zona do euro, que mostraram sinais de que a recuperação da atividade não está garantida.

Entre os destaques negativos, a França mostrou o pior desempenho em sete meses. Nos Estados Unidos, o dia foi de dois indicadores com resultados mistos: o ISM de serviços e as encomendas à indústria. O índice Stoxx Euro 600 fechou em queda de 0,2%, aos 326,98 pontos.

Da França, vieram sinais desencorajadores sobre a economia do país. O índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto - incluindo o setor industrial e de serviços - caiu para 47,3, o mais baixo patamar em sete meses. O resultado mostra uma maior influência da contração da economia, com leituras abaixo de 50 indicando retração da atividade.

O PMI mede o volume de pedidos entre as empresas e é considerado um dos mais importantes indicadores antecedentes da economia porque consegue antecipar tendências da atividade.

"O setor de serviços francês perdeu mais terreno e a atividade do setor recuou ao ritmo mais acentuado em seis meses. A demanda persistentemente fraca continua a ter impacto e empresas relatam contração nas novas encomendas e no estoque de pedidos", diz o economista sênior da Markit, Jack Kennedy.

Na Alemanha, a atividade continua em expansão, mas em ritmo mais lento. O PMI do setor de serviços caiu de 55,7 em novembro para 53,5 em dezembro, menor leitura em dois meses e abaixo das previsões de 54. Na leitura mais ampla, o PMI composto recuou de 55,4 para 55 no mesmo período.

Já a Espanha mostra que o pior da crise pode ter ficado para trás. Em dezembro, o indicador atingiu o maior nível desde julho de 2007. O PMI do setor de serviços subiu de 51,5 em novembro para 54,2 em dezembro. Essa foi a segunda leitura seguida acima dos 50 pontos.


Na economia norte-americana, o dia foi de indicadores com resultados mistos. O índice ISM de serviços caiu a 53,0 em dezembro, de 53,9 em novembro. O indicador veio abaixo da previsão de 54,5. Já as encomendas à indústria subiram 1,8% em novembro, acima da previsão de alta de 1,5%.

Um relatório do banco Brown Brothers Harriman explicou que as ações dos bancos europeus foram destaques de alta hoje devido a notícia de que a Europa decidiu diluir as reformas financeiras para que os grandes bancos europeus não sejam obrigados a dividir automaticamente as operações de crédito das negociações arriscadas.

Em Milão, a alta de 0,63%, aos 19.233,74 pontos foi sustentada pelos ganhos expressivos das instituições financeiras. Os papéis do Banca Monte Dei Paschi di Siena subiram 2,1%, acompanhado do Unicredit, com alta de 3,3%, Intensa Sanpaolo, com avanço de 1,05% e Banca Popolare di Milano, que ganhou 1,07%. Hoje foi feriado na Itália e a maioria das ações tiveram um volume reduzido de negócios.

A Bolsa de Madri registrou a maior alta da sessão, com ganhos de 0,92%, aos 9.888,5 pontos, impulsionada pelos bons números do PMI de serviços espanhol. A companhia do setor de construção civil, a Sacyr, teve a maior alta da sessão, com ganhos de 6%, depois de duas perdas consecutivas na semana anterior. Os investidores estão esperançosos de que a empresa consiga construir uma solução que reverta os altos custos das obras de expansão do Canal do Panamá.

Ainda no terreno positivo, a Bolsa de Lisboa teve alta de 0,33%, aos 6.790,95 pontos. O índice FTSE, de Londres, terminou o dia estável, aos 6.730,73 pontos.

Entre os resultados negativos, Paris registrou a maior queda, com o índice CAC40 perdendo 0,47%, aos 4.227,54 pontos. Segundo analistas, além dos resultados ruins do PMI francês, os investidores estão à espera da reunião do Banco Central Europeu (BCE), marcado para a próxima quinta-feira.

Na Alemanha, a Bolsa de Frankfurt fechou em leve queda de 0,08%, aos 9.428 pontos. O índice DAX ficou volátil durante toda a sessão, mas se firmou no terreno negativo após o ISM de serviços norte-americano, que veio abaixo do esperado. No mercado corporativo, o Commerzbank liderou os ganhos, com alta de 3,7% nas ações.

A companhia Fresenius subiu 1,5%, depois de sinalizar a compra de um hospital do grupo concorrente Rhoen-Klinikum. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Veja também

São Paulo - Na primeira segunda-feira do ano, as bolsas europeias tiveram uma sessão de cautela e fecharam em posições divergentes. Os investidores repercutiram os dados do setor de serviços da zona do euro, que mostraram sinais de que a recuperação da atividade não está garantida.

Entre os destaques negativos, a França mostrou o pior desempenho em sete meses. Nos Estados Unidos, o dia foi de dois indicadores com resultados mistos: o ISM de serviços e as encomendas à indústria. O índice Stoxx Euro 600 fechou em queda de 0,2%, aos 326,98 pontos.

Da França, vieram sinais desencorajadores sobre a economia do país. O índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto - incluindo o setor industrial e de serviços - caiu para 47,3, o mais baixo patamar em sete meses. O resultado mostra uma maior influência da contração da economia, com leituras abaixo de 50 indicando retração da atividade.

O PMI mede o volume de pedidos entre as empresas e é considerado um dos mais importantes indicadores antecedentes da economia porque consegue antecipar tendências da atividade.

"O setor de serviços francês perdeu mais terreno e a atividade do setor recuou ao ritmo mais acentuado em seis meses. A demanda persistentemente fraca continua a ter impacto e empresas relatam contração nas novas encomendas e no estoque de pedidos", diz o economista sênior da Markit, Jack Kennedy.

Na Alemanha, a atividade continua em expansão, mas em ritmo mais lento. O PMI do setor de serviços caiu de 55,7 em novembro para 53,5 em dezembro, menor leitura em dois meses e abaixo das previsões de 54. Na leitura mais ampla, o PMI composto recuou de 55,4 para 55 no mesmo período.

Já a Espanha mostra que o pior da crise pode ter ficado para trás. Em dezembro, o indicador atingiu o maior nível desde julho de 2007. O PMI do setor de serviços subiu de 51,5 em novembro para 54,2 em dezembro. Essa foi a segunda leitura seguida acima dos 50 pontos.


Na economia norte-americana, o dia foi de indicadores com resultados mistos. O índice ISM de serviços caiu a 53,0 em dezembro, de 53,9 em novembro. O indicador veio abaixo da previsão de 54,5. Já as encomendas à indústria subiram 1,8% em novembro, acima da previsão de alta de 1,5%.

Um relatório do banco Brown Brothers Harriman explicou que as ações dos bancos europeus foram destaques de alta hoje devido a notícia de que a Europa decidiu diluir as reformas financeiras para que os grandes bancos europeus não sejam obrigados a dividir automaticamente as operações de crédito das negociações arriscadas.

Em Milão, a alta de 0,63%, aos 19.233,74 pontos foi sustentada pelos ganhos expressivos das instituições financeiras. Os papéis do Banca Monte Dei Paschi di Siena subiram 2,1%, acompanhado do Unicredit, com alta de 3,3%, Intensa Sanpaolo, com avanço de 1,05% e Banca Popolare di Milano, que ganhou 1,07%. Hoje foi feriado na Itália e a maioria das ações tiveram um volume reduzido de negócios.

A Bolsa de Madri registrou a maior alta da sessão, com ganhos de 0,92%, aos 9.888,5 pontos, impulsionada pelos bons números do PMI de serviços espanhol. A companhia do setor de construção civil, a Sacyr, teve a maior alta da sessão, com ganhos de 6%, depois de duas perdas consecutivas na semana anterior. Os investidores estão esperançosos de que a empresa consiga construir uma solução que reverta os altos custos das obras de expansão do Canal do Panamá.

Ainda no terreno positivo, a Bolsa de Lisboa teve alta de 0,33%, aos 6.790,95 pontos. O índice FTSE, de Londres, terminou o dia estável, aos 6.730,73 pontos.

Entre os resultados negativos, Paris registrou a maior queda, com o índice CAC40 perdendo 0,47%, aos 4.227,54 pontos. Segundo analistas, além dos resultados ruins do PMI francês, os investidores estão à espera da reunião do Banco Central Europeu (BCE), marcado para a próxima quinta-feira.

Na Alemanha, a Bolsa de Frankfurt fechou em leve queda de 0,08%, aos 9.428 pontos. O índice DAX ficou volátil durante toda a sessão, mas se firmou no terreno negativo após o ISM de serviços norte-americano, que veio abaixo do esperado. No mercado corporativo, o Commerzbank liderou os ganhos, com alta de 3,7% nas ações.

A companhia Fresenius subiu 1,5%, depois de sinalizar a compra de um hospital do grupo concorrente Rhoen-Klinikum. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame