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Mercados em NY devem abrir em baixa com Espanha

As críticas feitas pelo presidente do Fed da Filadélfia, Charles Plosser, ao novo programa de compra de ativos contribuem para o clima ruim do mercado

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 10h53.

São Paulo - Em dia sem anúncio de indicadores nos Estados Unidos antes da abertura das bolsas, o agravamento da crise na Europa faz os índices futuros operarem em queda no pré-mercado, indicando que o pregão normal pode abrir em baixa. Às 10h15 (pelo horário de Brasília), o Dow Jones Futuro recuava 0,10%, o Nasdaq perdia 0,40% e o S&P cedia 0,18%.

Na Europa, Espanha e Grécia seguem no centro das preocupações dos investidores. As bolsas locais operam em queda e o euro também está em baixa. Na Espanha, a atividade econômica segue fraca no terceiro trimestre deste ano, segundo o Banco Central do país. Em um relatório, foi divulgado que a economia teve contração significativa no período, diante da deterioração da confiança do consumidor e das contínuas pressões dos mercados financeiros. A resistência do governo em pedir um pacote formal de ajuda diante desse cenário segue trazendo incertezas aos mercados.

Além dos dados econômicos fracos na Espanha, o aumento da tensão social no país, com protestos em Madri e outras cidades, ajuda a piorar o clima entre os investidores. Um sinal do aumento das pressões foi o protesto feito ontem por milhares de pessoas nas ruas de Madri contra os cortes de gastos planejados pelo governo, que deixou dezenas de feridos em conflitos com a polícia. As atenções hoje se voltam para o discurso que o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, faz no Conselho das Américas, em Nova York, às 13h30 (horário de Brasília).

Na Grécia, uma greve geral de 24 horas está sendo realizada nesta quarta-feira também em protesto contra medidas de austeridade. Isso ampliou a sensação de que a crise da zona do euro está se aprofundando novamente, apesar de o Banco Central Europeu (BCE) ter prometido recentemente que voltará a comprar bônus soberanos de países endividados. O temor com relação à Grécia é que o país tenha um déficit público muito maior que o esperado e precise de mais ajuda financeira.

Nos Estados Unidos, as críticas feitas na terça-feira (25) pelo presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, ao novo programa de compra de ativos do banco central dos EUA, contribuem para o clima ruim do mercado, embora a influência maior para a queda na manhã de hoje venha da Europa, destacam os analistas em Wall Street. Plosser afirmou que dificilmente o plano do Fed conseguirá impulsionar o crescimento da economia.


No mercado americano, os indicadores do dia começam a ser divulgados às 11 horas (horário de Brasília), quando o Departamento de Comércio informa as vendas de moradias novas de agosto. Às 11h30 saem dados sobre os estoques de petróleo.

Entre as notícias corporativas, um dos destaques de alta no pré-mercado é o papel do Yahoo, que sobe 0,48% após a empresa anunciar que trocou seu diretor financeiro (CFO). Ken Goldman vai substituir em outubro o executivo Tim Morse.

Os papéis do Google mantém fôlego e têm mais um dia de alta no pré-mercado, com ganho de 0,10%, a US$ 749,8. A empresa já é a quinta maior em valor de mercado dos EUA e vem subindo após analistas destacarem que o papel é atrativo e tem potencial de alta. Antes, o Google ocupava a décima posição no ranking das maiores companhias. As informações são da Dow Jones.

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