Mercado suspeita de “alvo secreto” de R$ 2,30 para o dólar
Rompimento do teto de R$ 2,05 e discursos recentes indicam a tendência
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 18h54.
São Paulo – “Nós estamos em busca de um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado”. A frase da presidente Dilma Rousseff em uma entrevista ao jornal Valor nesta semana aumentou as incertezas no mercado sobre qual seria o patamar desejado pelo governo.
A presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, negam que a taxa estaria sendo administrada. Mas o fato é que o dólar , que estava oscilando entre 2 e 2,05 reais, agora está em uma banda superior: entre 2,05 e 2,10 reais.
Questionada sobre se a atuação do governo no mercado não indicaria um teto, Dilma respondeu: “Não acho, pela situação internacional ele está até... Ele esta mantendo um patamar, às vezes ele sobe, aí o pessoal fala "o Tombini vai fazer swap". Aí ele cai e o pessoal do mercado fala "vai cair"...”.
A presidente foi precisa em sua avaliação. Hoje o presidente do BC indicou a possibilidade de um leilão e dólar começou a ceder levemente em um dia de baixo volume por conta do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. E são esses leilões que permitem ao mercado auferir os patamares de negociações e os tetos.
A vista grossa da autoridade monetária em deixar o dólar subir mais um nível e as declarações de Dilma e sua equipe econômica levantaram agora uma suspeita de que o governo federal tenha uma meta ainda mais alta, perto de 2,30 reais.
“O “timing” da entrevista alimentou a venda de reais e veio após a quebra do teto de 2,05 reais e em meio à discussão dos participantes do mercado sobre um potencial alvo escondido de médio prazo de 2,30 reais”, ressaltam Felipe Pianetti e Tamara Wajnberg, analistas do JPMorgan, em um relatório.
São Paulo – “Nós estamos em busca de um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado”. A frase da presidente Dilma Rousseff em uma entrevista ao jornal Valor nesta semana aumentou as incertezas no mercado sobre qual seria o patamar desejado pelo governo.
A presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, negam que a taxa estaria sendo administrada. Mas o fato é que o dólar , que estava oscilando entre 2 e 2,05 reais, agora está em uma banda superior: entre 2,05 e 2,10 reais.
Questionada sobre se a atuação do governo no mercado não indicaria um teto, Dilma respondeu: “Não acho, pela situação internacional ele está até... Ele esta mantendo um patamar, às vezes ele sobe, aí o pessoal fala "o Tombini vai fazer swap". Aí ele cai e o pessoal do mercado fala "vai cair"...”.
A presidente foi precisa em sua avaliação. Hoje o presidente do BC indicou a possibilidade de um leilão e dólar começou a ceder levemente em um dia de baixo volume por conta do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. E são esses leilões que permitem ao mercado auferir os patamares de negociações e os tetos.
A vista grossa da autoridade monetária em deixar o dólar subir mais um nível e as declarações de Dilma e sua equipe econômica levantaram agora uma suspeita de que o governo federal tenha uma meta ainda mais alta, perto de 2,30 reais.
“O “timing” da entrevista alimentou a venda de reais e veio após a quebra do teto de 2,05 reais e em meio à discussão dos participantes do mercado sobre um potencial alvo escondido de médio prazo de 2,30 reais”, ressaltam Felipe Pianetti e Tamara Wajnberg, analistas do JPMorgan, em um relatório.