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Mercado nacional de câmbio segue alta externa do dólar

No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo seguem em alta, reforçando a percepção de uma possível elevação da Selic esta semana

Dólar: às 9h33, a moeda no balcão registrou uma mínima, a R$ 1,9760 (+0,30%) (Arif Ali/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 10h16.

São Paulo - O dólar no mercado à vista de câmbio abriu em alta, a R$ 1,9770 (+0,36%) no balcão. Às 9h33, a moeda no balcão registrou uma mínima, a R$ 1,9760 (+0,30%).

No mercado futuro, nesse horário, a moeda para maio de 2013 subia a R$ 1,9815 (+0,33%), após iniciar o dia a R$ 1,9810 (+0,30%). Até esse horário, esse vencimento oscilou de R$ 1,9805 (+0,28%) a R$ 1,9830 (+0,41%).

O ajuste positivo inicial acompanha os ganhos da moeda dos EUA no exterior, após a China anunciar um crescimento do Produto Interno Bruto e da produção industrial no primeiro trimestre do ano abaixo do esperado.

Há expectativas, no entanto, de que a persistente alta dos juros futuros limite o desempenho favorável da moeda ante o real ao longo da sessão, disse um operador de um banco.

No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo seguem em alta, reforçando a percepção de uma possível elevação da Selic esta semana. Esse sentimento cresceu desde sexta-feira, depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "o governo tem dado atenção ao combate da inflação" e que medidas serão tomadas, "mesmo que não populares, como o ajuste na taxa de juros".

Em seguida, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também disse que "não há nem haverá tolerância com a inflação" e que a autoridade monetária tomará "decisões sobre o melhor curso para a política monetária".

Tais declarações deram fôlego às taxas futuras de juros, sobretudo de curto prazo, numa demonstração do crescimento das apostas em uma alta de 0,5 ponto porcentual da Selic já em abril.

Paralelamente, o dólar se enfraqueceu, uma vez que os agentes de câmbio passaram a trabalhar com o sentimento de que uma alta da Selic agora pode culminar com a entrada de mais recursos no País, atraídos pelos juros mais altos em relação às taxas internacionais.


Eles também contam com ingressos futuros de recursos no País decorrentes de captações corporativas no exterior e da esperada participação de investidores estrangeiros em ofertas públicas de ações na Bovespa.

A pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada hoje, ainda trouxe uma projeção de manutenção para a taxa Selic no Copom de abril, em 7,25%. Mas a projeção da Focus para o Copom de maio revisou o aumento esperado do juro básico para 0,50 ponto porcentual, em vez de 0,25 pp.

Desse modo, a taxa Selic esperada para maio subiu de 7,50% para 7,75% ao ano. Para 2013, o mercado manteve sua projeção anterior de que a Selic estará em 8,50% ao final de 2013 e de 2014.

Os indicadores chineses estendem a cautela entre os investidores, que já marcou a sessão anterior. As bolsas de Nova York fecharam em baixa na sexta-feira, reagindo à queda das vendas do varejo e o enfraquecimento da confiança do consumidor nos EUA.

O tom negativo também foi amparado pelos resultados decepcionantes do primeiro trimestre de dois dos maiores bancos norte-americanos - o Wells Fargo e o JPMorgan. Apesar de o lucro líquido de ambos os bancos ter crescido, as receitas vieram abaixo das expectativas e desagradaram os investidores.

Essa performance preocupa porque outros bancos devem apresentar seus resultados nesta semana e podem gerar dúvidas sobre a velocidade em que as instituições serão capazes de gerar receita em meio ao aperto dos reguladores.

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No mercado futuro, nesse horário, a moeda para maio de 2013 subia a R$ 1,9815 (+0,33%), após iniciar o dia a R$ 1,9810 (+0,30%). Até esse horário, esse vencimento oscilou de R$ 1,9805 (+0,28%) a R$ 1,9830 (+0,41%).

O ajuste positivo inicial acompanha os ganhos da moeda dos EUA no exterior, após a China anunciar um crescimento do Produto Interno Bruto e da produção industrial no primeiro trimestre do ano abaixo do esperado.

Há expectativas, no entanto, de que a persistente alta dos juros futuros limite o desempenho favorável da moeda ante o real ao longo da sessão, disse um operador de um banco.

No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo seguem em alta, reforçando a percepção de uma possível elevação da Selic esta semana. Esse sentimento cresceu desde sexta-feira, depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "o governo tem dado atenção ao combate da inflação" e que medidas serão tomadas, "mesmo que não populares, como o ajuste na taxa de juros".

Em seguida, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também disse que "não há nem haverá tolerância com a inflação" e que a autoridade monetária tomará "decisões sobre o melhor curso para a política monetária".

Tais declarações deram fôlego às taxas futuras de juros, sobretudo de curto prazo, numa demonstração do crescimento das apostas em uma alta de 0,5 ponto porcentual da Selic já em abril.

Paralelamente, o dólar se enfraqueceu, uma vez que os agentes de câmbio passaram a trabalhar com o sentimento de que uma alta da Selic agora pode culminar com a entrada de mais recursos no País, atraídos pelos juros mais altos em relação às taxas internacionais.


Eles também contam com ingressos futuros de recursos no País decorrentes de captações corporativas no exterior e da esperada participação de investidores estrangeiros em ofertas públicas de ações na Bovespa.

A pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada hoje, ainda trouxe uma projeção de manutenção para a taxa Selic no Copom de abril, em 7,25%. Mas a projeção da Focus para o Copom de maio revisou o aumento esperado do juro básico para 0,50 ponto porcentual, em vez de 0,25 pp.

Desse modo, a taxa Selic esperada para maio subiu de 7,50% para 7,75% ao ano. Para 2013, o mercado manteve sua projeção anterior de que a Selic estará em 8,50% ao final de 2013 e de 2014.

Os indicadores chineses estendem a cautela entre os investidores, que já marcou a sessão anterior. As bolsas de Nova York fecharam em baixa na sexta-feira, reagindo à queda das vendas do varejo e o enfraquecimento da confiança do consumidor nos EUA.

O tom negativo também foi amparado pelos resultados decepcionantes do primeiro trimestre de dois dos maiores bancos norte-americanos - o Wells Fargo e o JPMorgan. Apesar de o lucro líquido de ambos os bancos ter crescido, as receitas vieram abaixo das expectativas e desagradaram os investidores.

Essa performance preocupa porque outros bancos devem apresentar seus resultados nesta semana e podem gerar dúvidas sobre a velocidade em que as instituições serão capazes de gerar receita em meio ao aperto dos reguladores.

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