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Mercado de olho em novo governo espanhol

País precisa convencer os investidores de que irá aplicar novas medidas de austeridade fiscal

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2011 às 16h43.

São Paulo – Os investidores devem continuar de olho nos desenvolvimentos políticos da Espanha nesta semana. O país virou o novo foco do mercado após o anúncio dos novos governos tecnocratas na Grécia e na Itália. A notícia aliviou a pressão sobre os títulos das dívidas dos dois, mas o mesmo não aconteceu com a Espanha .

O país foi ao mercado de dívida na semana passada e realizou uma emissão com papéis de dez anos a um juro de 7%, o mais alto desde 1997. O rendimento dos papéis saltou de um nível de 5% perto de setembro para chegar a um patamar considerado alarmante. Foi com o mesmo grau de percepção de risco que Portugal, Grécia e Irlanda precisaram pedir socorro.

A tensão cresce ainda mais por conta das eleições parlamentares que acontecem neste domingo. O Partido Popular, liderado por Mariano Rajoy, é o favorito. “Eu estou pronto para o que os espanhóis quiserem", disse Rajoy hoje. Segundo o jornal El País, o comparecimento às urnas está menor que as últimas eleições realizadas em 2008. As urnas deve ser fechadas às 19h (Brasília) e os primeiros resultados saem uma hora depois.

O mercado espera que Rajoy se aproveite da maioria no Congresso para anunciar medidas de estabilidade fiscal. Uma delas poderia ser a exigência de que os governos locais ajustem os orçamentos para atingir as metas fiscais. A Espanha sofre com uma taxa de desemprego de 21%. É o maior nível entre os países ricos.

Nos EUA, os partidos Republicano e Democrata continuam a bater cabeça sobre a definição de uma proposta que tem o objetivo de reduzir o déficit fiscal do país em 1,2 trilhão de dólares nos próximos dez anos. O “Super Comitê” formado por 12 membros dos dois partidos tinham concordado em anunciar um acordo até o dia 23, quarta-feira, mas uma solução já é vista como improvável por representantes dos dois lados.

Por aqui, a agenda econômica é fraca nesta semana. O destaque fica para os números do IPCA-15 na quarta-feira e a Nota do Setor Fiscal na sexta-feira. Nos EUA, o mercado lê a ata da última reunião de política monetária do BC americano na quarta-feira. Na quinta-feira, os investidores têm uma sessão de folga para o feriado do Dia de Ação de Graças. Na sexta-feira, é a vez do tradicional “Black Friday”, dia em que os varejistas do país abrem horas mais cedo para oferecer grandes descontos. Alguns empregadores liberam os funcionários com antecedência, como fará a bolsa de Nova York, que encerra os negócios às 15h de Brasília neste dia.

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São Paulo – Os investidores devem continuar de olho nos desenvolvimentos políticos da Espanha nesta semana. O país virou o novo foco do mercado após o anúncio dos novos governos tecnocratas na Grécia e na Itália. A notícia aliviou a pressão sobre os títulos das dívidas dos dois, mas o mesmo não aconteceu com a Espanha .

O país foi ao mercado de dívida na semana passada e realizou uma emissão com papéis de dez anos a um juro de 7%, o mais alto desde 1997. O rendimento dos papéis saltou de um nível de 5% perto de setembro para chegar a um patamar considerado alarmante. Foi com o mesmo grau de percepção de risco que Portugal, Grécia e Irlanda precisaram pedir socorro.

A tensão cresce ainda mais por conta das eleições parlamentares que acontecem neste domingo. O Partido Popular, liderado por Mariano Rajoy, é o favorito. “Eu estou pronto para o que os espanhóis quiserem", disse Rajoy hoje. Segundo o jornal El País, o comparecimento às urnas está menor que as últimas eleições realizadas em 2008. As urnas deve ser fechadas às 19h (Brasília) e os primeiros resultados saem uma hora depois.

O mercado espera que Rajoy se aproveite da maioria no Congresso para anunciar medidas de estabilidade fiscal. Uma delas poderia ser a exigência de que os governos locais ajustem os orçamentos para atingir as metas fiscais. A Espanha sofre com uma taxa de desemprego de 21%. É o maior nível entre os países ricos.

Nos EUA, os partidos Republicano e Democrata continuam a bater cabeça sobre a definição de uma proposta que tem o objetivo de reduzir o déficit fiscal do país em 1,2 trilhão de dólares nos próximos dez anos. O “Super Comitê” formado por 12 membros dos dois partidos tinham concordado em anunciar um acordo até o dia 23, quarta-feira, mas uma solução já é vista como improvável por representantes dos dois lados.

Por aqui, a agenda econômica é fraca nesta semana. O destaque fica para os números do IPCA-15 na quarta-feira e a Nota do Setor Fiscal na sexta-feira. Nos EUA, o mercado lê a ata da última reunião de política monetária do BC americano na quarta-feira. Na quinta-feira, os investidores têm uma sessão de folga para o feriado do Dia de Ação de Graças. Na sexta-feira, é a vez do tradicional “Black Friday”, dia em que os varejistas do país abrem horas mais cedo para oferecer grandes descontos. Alguns empregadores liberam os funcionários com antecedência, como fará a bolsa de Nova York, que encerra os negócios às 15h de Brasília neste dia.

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