Mercado de capitais ganha com a presença do IRB, diz Finkelsztain
Na gestão de Finkelsztain, que assumiu a B3 em maio, essa é a quarta abertura de capital
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de julho de 2017 às 14h30.
Última atualização em 31 de julho de 2017 às 14h32.
São Paulo - O presidente da B3 , Gilson Finkelsztain, disse nesta segunda-feira, 31, que o mercado de capitais ganha, assim como os investidores, com a listagem de uma empresa como o IRB Brasil Re.
Na semana passada, o primeiro ressegurador a abrir capital no Brasil, movimentou cerca de R$ 2 bilhões em sua oferta inicial e ações (IPO, na sigla em inglês).
"É um marco termos a listagem de uma empresa que é tão conectada ao Brasil", disse Finkelsztain, em evento de comemoração da abertura de capital da companhia.
Na gestão de Finkelsztain, que assumiu a B3 em maio, essa é a quarta abertura de capital. Já estrearam neste mês a Biotoscana e Carrefour.
Omega Geração começou também a ser negociada hoje, mas o evento de comemoração será de tarde. O evento de comemoração na listagem do IRB marca o primeiro com a participação de Finkelsztain.
As ofertas de ações na Bolsa brasileira devem continuar aquecidas e a próxima janela de abertura de capital, em outubro, tem todo o potencial para ser movimentada.
"Com uma agenda mínima, as aberturas de capital irão acontecer. Há apetite dos investidores para os países emergentes", disse Finkelsztain.
O executivo disse que os bancos de investimento estão com um "pipeline" robusto, com cerca de dez IPOs e "follow ons" (ofertas subsequentes) mais encaminhados.
Para a próxima janela, em outubro, duas empresas já estão com pedido de oferta já feito na Comissão de Valores Mobiliários (CVM): Camil e Tivit.
"O mercado está aberto para boas histórias. Com estabilidade política, a agenda segue firme", disse Finkelsztain.
O presidente da B3, por outro lado, ponderou que "intempérie política", no Brasil, pode afetar algumas ofertas, mas que nesse momento o mercado se mostra bastante favorável para captações via mercado de capitais.
As ofertas de ações no Brasil neste ano já superam os R$ 20 milhões, melhor marca em sete anos.