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Mercado de câmbio abre à espera de Tombini

Com a proximidade do fim de fevereiro, os investidores "vendidos" em câmbio devem voltar a atuar antecipadamente para enfraquecer o dólar

No mercado à vista, o dólar abriu a R$ 1,9630, estável em relação ao encerramento anterior (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 11h10.

São Paulo - O mercado de câmbio doméstico segue atento aos passos do Banco Central. Os investidores começam a sessão sob expectativa de que o presidente do BC, Alexandre Tombini, ou algum diretor da instituição, apresente, nesta terça-feira, uma posição sobre a condução da política monetária e cambial. Tombini participa de um evento em Brasília.

Com a proximidade do fim de fevereiro, os investidores "vendidos" em câmbio devem voltar a atuar antecipadamente para enfraquecer o dólar, visando a definição da taxa Ptax do último dia útil do mês.

Quanto mais baixa encerrar a Ptax no dia 28, maior a possibilidade de retorno na liquidação das posições vendidas desses agentes. Por isso, ainda que oscile durante a manhã, o sinal de baixa do dólar pode prevalecer, segundo um operador de um banco.

No mercado à vista, o dólar abriu a R$ 1,9630, estável em relação ao encerramento anterior. Até 9h39, o dólar no balcão oscilou entre uma máxima a R$ 1,9660 (+0,15%) e uma mínima, a R$ 1,9610 (-0,10%).

Na BM&FBovespa, no horário acima, o contrato de dólar para março de 2013 caía 0,10%, a R$ 1,9645, após testar uma mínima a R$ 1,9640 (-0,13%). A máxima, registrada na abertura, foi de R$ 1,9675 (+0,05%).


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou na sexta-feira que os juros, e não o câmbio, é o instrumento para o controle da inflação. Ainda assim, os agentes do mercado avaliam que o BC deve continuar atuando para impedir uma desvalorização acentuada do dólar, que prejudicaria a competitividade das exportações brasileiras.

A declaração de Mantega foi vista pelo mercado como um sinal claro de que o governo está mais preocupado, no atual momento, com a inflação do que com a atividade.

Para alguns analistas, essa indicação do ministro abriria espaço para uma política monetária contracionista. Os juros futuros já indicam um aumento da taxa Selic no segundo trimestre, totalizando um ciclo de alta superior a 1 ponto porcentual até o fim de 2013.

Nesta terça-feira a desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na segunda quadrissemana de fevereiro, para alta de 0,83%, e a permanência do IGP-M na segunda prévia de fevereiro em +0,34% trouxeram um alívio marginal ao mercado de juros, disse um operador de uma corretora.

Já os dados fracos de vendas no varejo em dezembro e no acumulado de 2012, divulgados pelo IBGE, reforçaram o declínio dos juros futuros neste início de sessão, após duas altas seguidas das taxas de curto prazo na BM&FBovespa em reação à fala de Mantega.

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São Paulo - O mercado de câmbio doméstico segue atento aos passos do Banco Central. Os investidores começam a sessão sob expectativa de que o presidente do BC, Alexandre Tombini, ou algum diretor da instituição, apresente, nesta terça-feira, uma posição sobre a condução da política monetária e cambial. Tombini participa de um evento em Brasília.

Com a proximidade do fim de fevereiro, os investidores "vendidos" em câmbio devem voltar a atuar antecipadamente para enfraquecer o dólar, visando a definição da taxa Ptax do último dia útil do mês.

Quanto mais baixa encerrar a Ptax no dia 28, maior a possibilidade de retorno na liquidação das posições vendidas desses agentes. Por isso, ainda que oscile durante a manhã, o sinal de baixa do dólar pode prevalecer, segundo um operador de um banco.

No mercado à vista, o dólar abriu a R$ 1,9630, estável em relação ao encerramento anterior. Até 9h39, o dólar no balcão oscilou entre uma máxima a R$ 1,9660 (+0,15%) e uma mínima, a R$ 1,9610 (-0,10%).

Na BM&FBovespa, no horário acima, o contrato de dólar para março de 2013 caía 0,10%, a R$ 1,9645, após testar uma mínima a R$ 1,9640 (-0,13%). A máxima, registrada na abertura, foi de R$ 1,9675 (+0,05%).


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou na sexta-feira que os juros, e não o câmbio, é o instrumento para o controle da inflação. Ainda assim, os agentes do mercado avaliam que o BC deve continuar atuando para impedir uma desvalorização acentuada do dólar, que prejudicaria a competitividade das exportações brasileiras.

A declaração de Mantega foi vista pelo mercado como um sinal claro de que o governo está mais preocupado, no atual momento, com a inflação do que com a atividade.

Para alguns analistas, essa indicação do ministro abriria espaço para uma política monetária contracionista. Os juros futuros já indicam um aumento da taxa Selic no segundo trimestre, totalizando um ciclo de alta superior a 1 ponto porcentual até o fim de 2013.

Nesta terça-feira a desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na segunda quadrissemana de fevereiro, para alta de 0,83%, e a permanência do IGP-M na segunda prévia de fevereiro em +0,34% trouxeram um alívio marginal ao mercado de juros, disse um operador de uma corretora.

Já os dados fracos de vendas no varejo em dezembro e no acumulado de 2012, divulgados pelo IBGE, reforçaram o declínio dos juros futuros neste início de sessão, após duas altas seguidas das taxas de curto prazo na BM&FBovespa em reação à fala de Mantega.

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