Exame Logo

Medo de nova recessão derruba Bolsas de Nova York

Hoje o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que o número de pessoas que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 9 mil na semana passada

O Dow Jones subiu 0,22%, enquanto o Nasdaq avançava 0,14% e o S&P 500 tinha alta de 0,11% (Spencer Platt/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2011 às 18h11.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa, pressionados por indicadores fracos sobre a economia norte-americana, por receios com a situação dos bancos europeus e por preocupações com a possibilidade de uma nova recessão nos países desenvolvidos.

Hoje o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que o número de pessoas que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 9 mil na semana passada, para 408 mil, superando as estimativas de analistas, que esperavam um aumento para 400 mil. O Federal Reserve da Filadélfia anunciou que seu índice de atividade industrial caiu para -30,7 em agosto, de 3,2 em julho, caindo muito mais do que o esperado por economistas.

Já as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA encolheram 3,5% em julho e atingiram o menor nível deste ano, de 4,67 milhões de unidades, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA. A expectativa era de um aumento de 4,0%.

Além disso, o índice de preços ao consumidor dos EUA em julho subiu 0,5% ante o mês anterior, registrando sua alta mais acentuada desde março e superando as estimativas de analistas, que previam aumento de 0,3%. O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,2% na mesma base de comparação, em linha com as previsões do mercado.

"Se isso não é uma recessão, certamente parece com uma. E se parece com uma, não importa se ela será comprovada ou não pelas estatísticas", disse John Hailer, presidente e executivo-chefe da Natixis Global Asset Management nos EUA e na Ásia. "Temos alguns problemas realmente difíceis à frente e realmente precisamos de liderança tanto no setor corporativo norte-americano quanto em Washington. Há muito nervosismo no mercado."

Também contribuíram para essa percepção relatórios divulgados hoje pelos bancos Morgan Stanley e pelo Goldman Sachs. Ambos os bancos revisaram para baixo suas estimativas sobre o crescimento da economia mundial, diante dos indicadores fracos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre divulgados pelos EUA e pelos países europeus.


O Morgan Stanley diminuiu sua previsão sobre a expansão da economia global neste ano para 3,9%, de 4,2% anteriormente, e afirmou que tanto os EUA quanto a zona do euro "estão pairando perigosamente perto da recessão". Já o Goldman Sachs revisou sua projeção sobre o crescimento mundial neste ano para 4,0%, de 4,1% anteriormente.

O Dow Jones caiu 419,63 pontos, ou -3,68%, para 10.990,58 pontos. Entre os componentes do índice, tiveram declínio acentuado os papéis da United Technologies (-5,45%), da Alcoa (-6,12%), da Caterpillar (-4,92%), da Chevron (-4,55%) e da ExxonMobil (-4,37%). A Hewlett-Packard (HP), que também faz parte do Dow Jones, fechou em baixa de 6,08% após confirmar que estuda se desfazer da unidade de computadores pessoais e está perto de adquirir a britânica Autonomy por aproximadamente US$ 10 bilhões.

Entre os demais índices, o Nasdaq perdeu 131,05 pontos, ou -5,22%, para 2.380.43 pontos. O S&P 500 teve declínio de 53,24 pontos, ou -4,46%, para 1.140,65 pontos.

As ações de bancos estavam entre os destaques de queda do dia depois de o Wall Street Journal afirmar numa reportagem que as filiais de bancos da Europa nos EUA vão sofrer uma fiscalização mais rigorosa por parte das agências reguladoras norte-americanas. Segundo o jornal, esses órgãos estão preocupados com a possibilidade de a crise europeia se alastrar para o setor financeiro dos EUA. Os papéis do Bank of America fecharam em baixa de 6,03%, enquanto o JPMorgan Chase recuou 3,77%. As informações são da Dow Jones.

Veja também

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa, pressionados por indicadores fracos sobre a economia norte-americana, por receios com a situação dos bancos europeus e por preocupações com a possibilidade de uma nova recessão nos países desenvolvidos.

Hoje o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que o número de pessoas que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 9 mil na semana passada, para 408 mil, superando as estimativas de analistas, que esperavam um aumento para 400 mil. O Federal Reserve da Filadélfia anunciou que seu índice de atividade industrial caiu para -30,7 em agosto, de 3,2 em julho, caindo muito mais do que o esperado por economistas.

Já as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA encolheram 3,5% em julho e atingiram o menor nível deste ano, de 4,67 milhões de unidades, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA. A expectativa era de um aumento de 4,0%.

Além disso, o índice de preços ao consumidor dos EUA em julho subiu 0,5% ante o mês anterior, registrando sua alta mais acentuada desde março e superando as estimativas de analistas, que previam aumento de 0,3%. O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,2% na mesma base de comparação, em linha com as previsões do mercado.

"Se isso não é uma recessão, certamente parece com uma. E se parece com uma, não importa se ela será comprovada ou não pelas estatísticas", disse John Hailer, presidente e executivo-chefe da Natixis Global Asset Management nos EUA e na Ásia. "Temos alguns problemas realmente difíceis à frente e realmente precisamos de liderança tanto no setor corporativo norte-americano quanto em Washington. Há muito nervosismo no mercado."

Também contribuíram para essa percepção relatórios divulgados hoje pelos bancos Morgan Stanley e pelo Goldman Sachs. Ambos os bancos revisaram para baixo suas estimativas sobre o crescimento da economia mundial, diante dos indicadores fracos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre divulgados pelos EUA e pelos países europeus.


O Morgan Stanley diminuiu sua previsão sobre a expansão da economia global neste ano para 3,9%, de 4,2% anteriormente, e afirmou que tanto os EUA quanto a zona do euro "estão pairando perigosamente perto da recessão". Já o Goldman Sachs revisou sua projeção sobre o crescimento mundial neste ano para 4,0%, de 4,1% anteriormente.

O Dow Jones caiu 419,63 pontos, ou -3,68%, para 10.990,58 pontos. Entre os componentes do índice, tiveram declínio acentuado os papéis da United Technologies (-5,45%), da Alcoa (-6,12%), da Caterpillar (-4,92%), da Chevron (-4,55%) e da ExxonMobil (-4,37%). A Hewlett-Packard (HP), que também faz parte do Dow Jones, fechou em baixa de 6,08% após confirmar que estuda se desfazer da unidade de computadores pessoais e está perto de adquirir a britânica Autonomy por aproximadamente US$ 10 bilhões.

Entre os demais índices, o Nasdaq perdeu 131,05 pontos, ou -5,22%, para 2.380.43 pontos. O S&P 500 teve declínio de 53,24 pontos, ou -4,46%, para 1.140,65 pontos.

As ações de bancos estavam entre os destaques de queda do dia depois de o Wall Street Journal afirmar numa reportagem que as filiais de bancos da Europa nos EUA vão sofrer uma fiscalização mais rigorosa por parte das agências reguladoras norte-americanas. Segundo o jornal, esses órgãos estão preocupados com a possibilidade de a crise europeia se alastrar para o setor financeiro dos EUA. Os papéis do Bank of America fecharam em baixa de 6,03%, enquanto o JPMorgan Chase recuou 3,77%. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCrise econômicaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame