Marisa fecha 88 lojas, renegocia com fornecedores e avança em reestruturação; ação sobe 9%
Varejista conclui parte do plano de reorganização das finanças e também conseguiu cortar despesas
Repórter Exame IN
Publicado em 17 de julho de 2023 às 15h51.
Última atualização em 17 de julho de 2023 às 17h47.
A varejista de moda Marisa (AMAR3) avançou em seu plano de reestruturação. A empresa anunciou nesta segunda-feira, 17, quefechou 88 lojascom geração de caixa negativo e renegociou créditos com fornecedores, em linha com o que o CEO da companhia, João Nogueira Batista, antecipou àEXAME Investem entrevista em 31 de março.
A notícia impulsionou o papel, que chegou a subir mais de 10% no começo da tarde. Após o fechamento, a ação fechou em alta de 8,86%. Mesmo assim, não alcançava o patamar de R$ 1,00 ficando a R$ 0,86.
O plano previa fechar 92 lojas, mas, visando a preservação de pontos em que foram identificadas melhorias que
deverão resultar em maior eficiência operacional, a companhia fez menos cortes.No total, a Marisa tem, agora, 246 unidades, que mantêm a presença da companhia em todos os estados do país. "O foco estará em maximizar a produtividade e resultado operacional, com suporte do braço digital e inovações no modelo operacional."
A companhia investiu um total de R$ 44,5 milhões no fechamento das 88 lojas (16% abaixo do custo previsto inicialmente), resultando em potencial captura de Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de cerca de R$40 milhões em 2023 ou de aproximadamente R$ 60 milhões a partir no ano de 2024.
Redução de despesas
A empresa também concluiu a primeira parte do processo de redução de gerais, de vendas e administrativas. Com isso, há uma geração extra de caixa da ordem de R$ 35 milhões ano, após revisão de estrutura organizacional e ajuste do modelo operacional. "Ao longo do segundo semestre serão otimizados os serviços de terceiros e outras despesas, o que deverá gerar uma economia adicional de pelo menos R$ 10 milhões por ano."
Fornecedores
A negociação de dívidas com fornecedores também avançou chegando a 90% do total, enquanto a negociação com parceiros de revenda chegou a 97%. "Em termos de renegociações de aluguéis, ultrapassamos a marca de 80% de novos acordos com os proprietários de imóveis."