Maioria dos DIs recua após Câmara aprovar impeachment
Muitos operadores embolsavam ganhos após esse movimento, o que contribuía para limitar um pouco a queda dos DIs
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2016 às 11h29.
São Paulo - As taxas dos contratos de juros futuros recuavam nesta segunda-feira, em especial os contratos mais longos, após a Câmara dos Deputados aprovar abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff , mas as quedas eram limitadas por realização de lucros após os tombos recentes.
"Em alguma medida, a decisão (da Câmara) já era esperada, mas a expectativa é de política fiscal melhor no médio prazo", disse o estrategista de renda fixa da corretora Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno.
Na noite passada, a Câmara dos Deputados aprovou por 367 votos a continuidade do processo de impeachment, superando com alguma margem os 342 necessários.
Agora, a matéria precisa ser aprovada no Senado, que deverá assegurar que o vice-presidente Michel Temer assuma o comando do país pelo menos interinamente.
Expectativas de que um novo governo teria mais facilidade para aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso e mais credibilidade nos mercados financeiros já haviam trazido os DIs para baixo nas últimas semanas.
As expectativas agora ficam voltadas para o perfil da eventual nova equipe econômica.
O contrato para janeiro de 2021 acumulou queda de 0,58 ponto percentual neste mês até sexta-feira.
Às 11:04, eles tinham queda de 0,16 ponto percentual. Muitos operadores realizavam lucros após esse tombo, limitando o espaço para baixas mais expressivas nesta sessão.
"Terá o novo presidente tempo e apoio para implementar as medidas para que consigamos retomar o crescimento? São reformas importantes e impopulares que devem ser discutidas", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.
Os DIs mais curtos tinham variações menores, já que operadores esperam que os juros básicos sejam mantidos em 14,25% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 27 de abril.
Segundo especialistas, a curva de juros futuros apontava chances de cortes da Selic em meados do ano, mas muitos operadores reconhecem que a precificação está distorcida pela euforia política.
Matéria atualizada às 11h29
São Paulo - As taxas dos contratos de juros futuros recuavam nesta segunda-feira, em especial os contratos mais longos, após a Câmara dos Deputados aprovar abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff , mas as quedas eram limitadas por realização de lucros após os tombos recentes.
"Em alguma medida, a decisão (da Câmara) já era esperada, mas a expectativa é de política fiscal melhor no médio prazo", disse o estrategista de renda fixa da corretora Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno.
Na noite passada, a Câmara dos Deputados aprovou por 367 votos a continuidade do processo de impeachment, superando com alguma margem os 342 necessários.
Agora, a matéria precisa ser aprovada no Senado, que deverá assegurar que o vice-presidente Michel Temer assuma o comando do país pelo menos interinamente.
Expectativas de que um novo governo teria mais facilidade para aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso e mais credibilidade nos mercados financeiros já haviam trazido os DIs para baixo nas últimas semanas.
As expectativas agora ficam voltadas para o perfil da eventual nova equipe econômica.
O contrato para janeiro de 2021 acumulou queda de 0,58 ponto percentual neste mês até sexta-feira.
Às 11:04, eles tinham queda de 0,16 ponto percentual. Muitos operadores realizavam lucros após esse tombo, limitando o espaço para baixas mais expressivas nesta sessão.
"Terá o novo presidente tempo e apoio para implementar as medidas para que consigamos retomar o crescimento? São reformas importantes e impopulares que devem ser discutidas", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.
Os DIs mais curtos tinham variações menores, já que operadores esperam que os juros básicos sejam mantidos em 14,25% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 27 de abril.
Segundo especialistas, a curva de juros futuros apontava chances de cortes da Selic em meados do ano, mas muitos operadores reconhecem que a precificação está distorcida pela euforia política.
Matéria atualizada às 11h29