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Maior rival da Uber, Lyft entra com pedido de IPO nos Estados Unidos

A empresa de transporte particular acaba de ultrapassar a gigante concorrente na abertura de capital

Lyft: Em dezembro, a Lyft anunciou que tinha protocolado seu pedido de IPO confidencialmente (Lyft/Divulgação)

Lyft: Em dezembro, a Lyft anunciou que tinha protocolado seu pedido de IPO confidencialmente (Lyft/Divulgação)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 1 de março de 2019 às 15h21.

Última atualização em 1 de março de 2019 às 15h34.

São Paulo - Nesta sexta-feira (1), a Lyft, maior rival da Uber, entrou oficialmente com o pedido de oferta pública inicial de ações na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (a SEC, em inglês). A empresa de transporte particular acaba de ultrapassar a gigante concorrente na abertura de capital. 

Em dezembro, a Lyft anunciou que tinha protocolado seu pedido de IPO confidencialmente. No entanto, o processamento do pedido pela SEC coincidiu com a paralisação de 35 dias do governo americano, que atrasou o trabalho dos órgãos reguladores.

A empresa pretende vender suas ações na bolsa Nasdaq, a segunda maior do mundo, atrás da Bolsa de Nova York, segundo a agência Bloomberg. A Lyft pretende atingir uma avaliação entre 20 e 25 bilhões de dólares. 

Assim como a Uber, a Lyft pretende oferecer aos seus motoristas a possibilidade de comprar ações no IPO, antes que as ações comecem a ser negociadas. É um esforço para melhorar a relação dos motoristas com a empresa. 

A receita da empresa dobrou em 2018 e atingiu 2,2 bilhões de dólares. A receita aumentou porque a participação de mercado da Lyft cresceu nos Estados Unidos. No quarto trimestre de 2018, a empresa tinha 39% de participação de mercado, 18,6 milhões de passageiros ativos e 1,1 milhão de motoristas.

Parte desse aumento aconteceu porque, em 2017, a Uber enfrentou uma onda de retrocesso nos Estados Unidos. Na internet, usuários se mobilizaram na campanha #DeleteUber.

Em 2018, a Lyft gastou mais de 800 milhões de dólares com marketing, mas mais de 80% dos novos usuários baixaram o app de forma orgânica, sem mídia paga.

Apesar desse cenário, as perdas da empresa também cresceram. A Lyft perdeu 911,3 milhões de dólares em 2018, acima da perda de 688,3 milhões de dólares em 2017. 

A empresa tem planos ambiciosos. Além de ser maior que Uber, a Lyft planeja investir em seu programa de bicicletas e scooters. Em 2018, a empresa adquiriu a companhia de compartilhamento de motos Motivate e lançou sua própria linha de scooters. Resta saber se o IPO vai ajudar a tornar os planos possíveis.


 

 

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